Juiz solta mãe de criança agredida em Dourados, mas a proíbe de visitá-la
O padrasto da criança foi mantido preso, com conversão da prisão em flagrante ocorrida ontem para preventiva
O juiz Marcus Vinicius de Oliveira Elias, da 2ª Vara Criminal de Dourados, concedeu liberdade provisória para Jaqueline Pereira dos Santos, mãe do bebê de dois anos atendida no Hospital da Vida com suspeita de agressão na noite de quarta-feira (2). O padrasto da criança foi mantido preso, com conversão da prisão em flagrante ocorrida ontem para preventiva.
Essa decisão foi proferida nesta tarde, durante audiência de custódia. Na ocasião, o MPE-MS (Ministério Público Estadual) opinou pela manutenção das prisões para a garantia da ordem pública e aplicação da lei penal, enquanto a defesa reiterou o pedido de liberdade provisória.
O juiz decidiu manter a prisão cautelar de Emerson de Moura da Silva, padrasto do menino de dois anos supostamente agredido, e concedeu liberdade provisória à mãe da criança.
Contudo, diante das informações colhidas nas investigações e do parecer do Ministério Público, o magistrado determinou medidas cautelares para Jaqueline Pereira dos Santos. Ela está proibida de visitar a criança, que se encontra com a avó paterna atualmente, até que o processo judicial tenha um desfecho.
O caso veio à tona ontem, depois que policiais da Segunda Delegacia de Polícia Civil de Dourados apuraram que na noite anterior uma criança foi internada no Hospital da Vida com suspeita de maus-tratos.
O padrasto foi apontado como suspeito e os investigadores foram informados de que poderia haver uma tentativa de ocultação do crime por parte da mãe da vítima, que presenciou a violência.
No Hospital da Vida, a mãe da criança relatou que na noite anterior teve uma discussão com o parceiro por causa de ciúmes, já que ela tem o nome do pai do menino tatuado no braço. Por causa disso, o acusado ficou nervoso e acabou agredindo o garoto.
A mãe relatou ainda que anteontem, por volta das 11h, estava na casa da sogra, no bairro Dioclécio Artuzi III, fazendo o almoço na cozinha. Em determinado momento, o filho chorou na sala e estava com a perna inchada. Então, ela concluiu que Emerson havia pisado no garoto por maldade, já que não gosta dele. Porém, o acusado negou a agressão e relatou que estava fazendo exercícios nas pernas da vítima.
Ao avisar que levaria o filho para o hospital, Emerson a ameaçou.
De acordo com a ocorrência, antes disso, no dia 6 de junho, na residência da vítima no Jardim Colibri, o suposto autor das agressões, após consumir bebida alcoólica, teria pisado no pênis do enteado, causando ferida corto-contusa medindo 4,5 centímetros, sendo necessário realizar procedimento cirúrgico. Além disso, a criança apresentou outros ferimentos nos joelhos e lombar da coluna.
Diante das acusações, a equipe policial se deslocou até o local de trabalho de Emerson na terça-feira e efetuou a prisão dele. O casal foi preso em flagrante pelo crime de maus-tratos. A criança segue hospitalizada com fratura na bacia e fêmur. O Conselho Tutelar foi acionado e acompanha o caso. (Colaborou Adilson Domingos)
