Julgado por matar jovem na Marcelino Pires é condenado a 13 anos de prisão

Jurados acataram a tese defendida pelo MPE, que denunciou o réu por homicídio qualificado por motivo fútil e recurso que dificultou a defesa da vítima

Condenado hoje, Jeferson Ferreira da Silva está preso desde o dia do crime (Foto: Sidnei Bronka)
Condenado hoje, Jeferson Ferreira da Silva está preso desde o dia do crime (Foto: Sidnei Bronka)

Submetido ao julgamento no Tribunal do Júri de Dourados nesta sexta-feira (29) pelo assassinato de Diego Rodrigues de Oliveira, de 28 anos, morto na manhã de 8 de abril de 2018 com um tiro na cabeça em frente a uma galeria de lojas na Avenida Marcelino Pires, Jeferson Ferreira da Silva, de 21 anos, foi considerado culpado pelos jurados e condenado a pena de 13 anos e 6 meses de prisão.

A sentença assinada pelo juiz César de Souza Lima no final da manhã de hoje indica que venceu a tese da denúncia oferecida pelo MPE-MS (Ministério Público Estadual), que acusou o réu por “homicídio qualificado por motivo fútil (discussão banal anterior entre acusado e vítima) e recurso que dificultou a defesa (ataque de surpresa por duas pessoas e disparo quando a vítima urinava, após terem se apaziguados após a primeira discussão)”.

“Fixo o regime inicial fechado pela quantidade da pena e se tratar de crime violento e hediondo, com algumas circunstâncias judiciais desfavoráveis. Sem cumprimento de 2/5 da pena, impossível detração e regime mais brando. O acusado aguardou o julgamento preso, não tem atividade lícita conhecida e provada, registra várias passagens policiais e processo, inclusive um de tentativa de homicídio, com sério risco de fuga e possibilidade de voltar a delinquir ao que determino a manutenção de sua segregação cautelar”, estabeleceu o magistrado.

O presidente do Tribunal do Júri em substituição legal também determinou a destruição da arma artesanal usada no crime, no prazo de 48 horas, pelo Ministério do Exército. Jeferson já estava preso desde o dia do homicídio. Ele foi capturado por agentes da Polícia Civil próximo da residência em que morava, na Chácaras Califórnia, e confessou o crime.

DESACREDITOU, PULOU

Diego Rodrigues de Oliveira foi morto com um tiro na cabeça na Avenida Marcelino Pires (Foto: Sidnei Bronka/Arquivo)
Diego Rodrigues de Oliveira foi morto com um tiro na cabeça na Avenida Marcelino Pires (Foto: Sidnei Bronka/Arquivo)

No dia 2 de maio de 2018, ao aceitar a denúncia oferecida pelo MPE-MS, o juiz Cesar de Souza Lima citou depoimentos de testemunhas do crime, que informaram ter havido uma discussão entre Diego, um adolescente – apreendido no dia do crime - e Jeferson. Conforme o relato feito na audiência judicial, em seguida a vítima se afastou do local parando em frente ao jardim de uma loja na Avenida Marcelino Pires para urinar, momento em que um dos indivíduos chegou por trás dele e encostou a arma de fogo em suas costas.

Neste momento Diego ainda teria questionado: “Pra quê isso? (sic)”. “Foi quando o autor Jeferson efetuou um disparo que atingiu a testa da vítima acima do olho direito”, relata o magistrado na ata da audiência de custódia. Ainda com base nos depoimentos colhidos pelas autoridades policiais, foi apurado “que o autor do crime passou na frente das testemunhas com a arma em punho dizendo: 'viu, desacreditou, pulou, fiquem espertos'”.


Comentários
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  • Rovaldo

    Rovaldo

    Depois de ter "caído de bicicleta e se machucado..." Deveria ter pego mais anos de cadeia.

  • Marcelo Ferreira

    Marcelo Ferreira

    Nossa isso é brincadeira na cara da sociedade, será que se fosse da família do juiz ele daria essa pena tão branda a esse filho da puta que tirou a vida de alguém sem exitar.

  • Marco Antomio

    Marco Antomio

    Só treze anos, pouco tempo cumpre o início fechado já já está solto essa nossa justiça é uma piada por isso acontece tanta barbaridade por que sabe que a punição é branda a família do morto que sofre a ausência e tudo fica por isso mesmo.