Justiça nega pedidos de seis creches que acusaram calote milionário da prefeitura

Ações judiciais que cobravam o pagamento de repasses não feitos, referentes aos três primeiros meses de aula do ano passado, foram indeferidas

Creches citaram à Justiça matéria institucional da prefeitura sobre parceria (Foto: Reprodução)
Creches citaram à Justiça matéria institucional da prefeitura sobre parceria (Foto: Reprodução)

O juiz José Domingues Filho, da 6ª Vara Cível de Dourados, negou os pedidos feitos por seis das sete creches conveniadas ao município que acusaram calote milionário da prefeitura no início de 2018. As ações judiciais que cobravam o pagamento de repasses não feitos, referentes aos três primeiros meses de aula do ano passado, foram indeferidas. Além disso, as partes derrotadas foram condenadas ao pagamento das custas processuais e dos honorários advocatícios. Ainda cabem recursos.

Essas entidades buscavam receber pelos serviços prestados referentes aos meses de fevereiro, março e até 22 abril de 2018, sob o argumento de que a secretária de Educação na época, Denize Portolann de Moura Martins, autorizou o reinício das atividades letivas verbalmente, mesmo antes da assinatura dos convênios que formalizariam os repasses da Prefeitura de Dourados.

SEM RAZÃO

Proferidas na terça-feira (26), as sentenças seguem a mesma argumentação jurídica, por meio da qual o magistrado pontua 25 razões para considerar “de inteira sem razão a pretensão autoral, ante a ausência de contrato ou qualquer outro procedimento no período solicitado”. Ele citou trecho da defesa apresentada pela prefeitura, para quem “a parte requerente [creches] ignorou a ausência de processo de licitação e de contrato e já iniciou a prestação dos serviços”, “assim, por conta assumiu o risco de não receber pelos meses anteriores ao contrato".

Conforme a decisão judicial que valeu para as creches, “a notícia de que ‘a ex-secretária municipal de educação Denize Portolann de Moura Martins, autorizou a Rematrícula dos alunos já matriculados no ano anterior, e que as aulas poderiam ser iniciadas em Fevereiro de 2018, mesmo mês de início da rede municipal de ensino’, não consubstancia execução antecipada de contrato pendente de Chamamento Público, que se concretiza em 23 de abril de 2018, sem qualquer efeito retroativo”.

VALORES

Através da ação 0809402-32.2018.8.12.0002, a Associação Educacional Ceminha requeria que a Prefeitura de Dourados fosse condenada ao pagamento imediato de R$ 101.602,00. A Associação Brasileira de Crédito, Desenvolvimento da Educação e do Esporte – Abcde cobrava R$ 123.126,00 por meio do processo 0805091-95.2018.8.12.0002.

O Lar Santa Rita buscava receber R$ 204.067,33 por meio do processo número 0805072-89.2018.8.12.0002. O Centro Educacional Antônio Raposo Tavares Ltda Me pleiteava judicialmente R$ 119.288,00 através da ação número 0805051-16.2018.8.12.0002. A Escola de Recreação e Ensino Fundamental Novos Tempos do Saber (Nova Época) cobrava R$ 110.210,66 através da ação número 0805084-06.2018.8.12.0002. E por meio da ação 0805098-87.2018.8.12.0002, a Creche e Lar André Luiz requeria R$ 277.500,00.

Das sete creches que ingressaram na Justiça para cobrar o acusado calote da prefeitura, apenas o Instituto Educacional da Igreja Presbiteriana Independente de Dourados – Iepid, que requer R$ 62.209,33 do município por processo 0805083-21.2018.8.12.0002, ainda não teve seu caso julgado.


Comentários
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  • Jonas

    Jonas

    Manooo... quer saber. Dourados é um lixo lixo.

  • Jonas

    Jonas

    Manooo... quer saber. Dourados é um lixo lixo.

  • INDIGNADA

    INDIGNADA

    Acho um tremendo descaso com as escolas conveniadas, pois tenho filho em uma delas, são sempre muito atenciosos cuidam de nossos filhos com tanto carinho, e o juiz negar um direito que é deles, só Deus na causa, as escolas agora tem que pagarem com a incompetência de certas pessoas. infelizmente nossa educação esta indo de mal a pior.

  • maria julia

    maria julia

    o mais engraçado disso tudo e que alguém autorizou as escolas receberem os alunos, afinal a palavra de politico vale menos que uma fralda cagada, e um descaso com as profissionais da educação, uma cidade dirigida por pessoas compradas vai saber a que preço.........

  • Valdirene

    Valdirene

    Então...essas Escolas em 2018 atenderam nossos filhos com tanto carinho, enquanto a Secretaria de Educação não tinha se quer data de início das aulas na Rede, isso com repentinas trocas de Secretários, sou professora e penso que se começasse as aulas no tempo que eles queriam, como ficaria nossas crianças, e como essas Escolas iriam cumprir seus 200 dias letivos. Fico triste por essa decisão judicial.

  • Claudia

    Claudia

    Eu juro que estou pedindo pra Deus a Liga da Justiça aqui em Dourados, pois a coisa esta feia!!! Até o Juiz se bandiou contra o povo !!!
    Nossa Elb é bom saber que todos são farinha do mesmo saco!!!!

  • Grace

    Grace

    A Delia ta comprando ate os juizes ... Dourados não vai p frente enquanto essa mulher estiver na prefeitura .

  • Elb

    Elb

    Estranho. Espero que a justiça e o MP continue cobrando da prefeitura. Inté agora ninguém da justiça agiu por causa dos buracos. Espero estar enganada. Espero que decisões como esta não se repítam, pois daqui aa pouco a sociedade vai desconfiar, já que temos um promotor de justiça aposentado na educação, um juiz aposentado na secretaria de governo, um militar na fazenda e um presidente da oab também trabalhando na prefeitura. Abra o olho genteeeeeeeeeeeeeee

  • anna

    anna

    Que vergonha essa decisão!!! O Juiz e a Dona Prefeita não precisa do CEIM!!!! Se o Lar Santa não recebesse os meus filhos eu não saberia o que fazer, pois preciso trabalhar para ajudar no sustento deles!!!