Líder estadual em casos de Chikungunya, Dourados notifica 44 ‘criadores’ de Aedes

Centro de Controle de Zoonozes encontrou focos do mosquito em residências nos bairros Dioclécio Artuzi, Harrison Figueiredo, Estrela Verá e Jóquei Clube

Agentes de endemias do município vistoriaram casas à procura de criadores do Aedes aegypti (Foto: Divulgação/CCZ)
Agentes de endemias do município vistoriaram casas à procura de criadores do Aedes aegypti (Foto: Divulgação/CCZ)

Município de Mato Grosso do Sul que concentra a maior parte dos casos de Febre Chikungunya confirmados neste ano, Dourados teve 44 imóveis notificados pelo CCZ (Centro de Controle de Zoonozes) por condições próprias à proliferação do Aedes aegypti, mosquito transmissor dessa doença, da Dengue e do Zika Vírus. Para conter essa situação, além das notificações, podem ser aplicadas multas de até R$ 1,6 mil. 

De acordo com o mais recente boletim epidemiológico da Secretaria de Estado de Saúde, divulgado dia 7 de novembro, Dourados tem 152 notificações e 88 confirmações de Febre Chikungunya, casos autóctones, quando a doença é contraída na própria localidade e não em outras regiões. No território estadual inteiro, há 633 notificações e 193 registros confirmados.

A liderança de Dourados nesse negativo ranking estadual é fruto de surto de Chikungunya detectado em bairro específico não revelado a partir da semana epidemiológica 11 - compreendida entre os dias 11 e 17 de março - com casos confirmados. “Foram encontrados focos na localidade e realizadas ações cabíveis; a Secretaria Municipal de Saúde de Dourados em conjunto com a Secretaria Estadual de Saúde continua monitorando a situação”, detalham as autoridades sanitárias do Estado.

Conforme matéria divulgada pela Assessoria de Comunicação da Prefeitura de Dourados, mutirões realizados pelo CCZ com base no Lira (Levantamento de Índice Rápido do Aedes aegypti) realizado durante a primeira quinzena de novembro levou à notificação de 44 imóveis em “situação crítica”. “Nas residências do Dioclécio Artuzi e Harrison Figueiredo foram encontrados 14 focos do mosquito. Em residências do bairro Estrela Verá e do Jóquei Clube foram encontrados seis”, informa.

“A chamada “Lei da Dengue” (Lei Municipal 3.965, de fevereiro de 2016), que dispõe sobre o controle e prevenção da febre amarela, da dengue, zika vírus e chikungunya e demais vetores de doenças e zoonoses no âmbito do Município de Dourados, determina a aplicação de multa no valor de R$ 400 por foco do mosquito, no caso de imóveis residenciais. Já no caso de terrenos baldios, o valor sobe para R$ 600,00 e nos imóveis comerciais, industriais e órgãos ou entidades públicas, R$ 800,00 por foco encontrado”, detalhou a administração municipal.

A prefeitura destacou que, ainda conforme essa legislação, independentemente de ser localizado foco do mosquito, “a presença de entulhos, objetos que possam se transformar em criadouros ou a sujeira do imóvel, pode também gerar multas e, nesse caso, para imóvel residencial o valor é de R$ 800; em terrenos baldios, de R$ 1,3 mil e em empresas e indústrias, de R$ 1,6 mil”.

Também em boletim epidemiológico divulgado no dia 7 de novembro, a Secretaria de Estado de Saúde revelou que Dourados teve 118 notificações suspeitas de dengue este ano. Até o final de setembro o Departamento de Vigilância em Saúde indicava 23 confirmações dessa doença, também transmitida pelo Aedes aegypti, a exemplo do Zika Vírus e da Febre Chikungunya.

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