“Maioria das coisas que acontecem no PAM são encobertas”, diz auxiliar de enfermagem (veja vídeo)

Manifestante alegam que no PAM, além de médicos, também falta água potável para funcionários e pacientes

  • Alexandre Duarte

Durante o protesto na manhã desta quarta-feira (02), no qual técnicos e auxiliares de enfermagem da prefeitura pedem reajuste no valor pago pelos plantões, chamou a atenção o depoimento da auxiliar Geovana dos Santos. Sem temer represálias, ela contou a verdade oculta sobre o PAM (Pronto Atendimento Médicos) de Dourados.

Segundo Geovana, faltam ferramentas básicas de trabalho e ítens de subsistência, como água potável. Ela afirma que tanto funcionários quanto pacientes, precisam levar água de casa. Já nos banheiros falta sabonete e toalha para secar as mãos.

Auxiliares e técnicos também reclamam da falta de espaço. Conforme Geovana, não há um local onde os profissionais possam descansar por alguns minutos durante os plantões. Outro problema é a comida, um dos funcionários da unidade alega que comumente são encontrados pedaços de carne mordidos e o arroz raramente é do dia.

Geovana conta também que o caos é maior durante os finais de semana, quando todos os postos de saúde fecham e o PAM fica responsável por todo o atendimento. “Somos nós aqui no PAM que damos a cara a tapa e as vezes somos ofendidos e humilhados pela população, que infelizmente não entende que a culpa não é nossa. Nós vestimos a camisa, mas a situação chegou no nosso limite”, reclamou.

A auxiliar diz ainda que faltam médicos em diversas especialidades, como endocrinologia, além disso, há meses o aparelho de raio X não funciona por falta de filme para revelar os exames.

Veja o vídeo: