Marçal cobra mais atenção para a educação em Dourados

Vereador diz que educação precisa ser tratada com prioridade, assim como a saúde (Foto: Divulgação)
Vereador diz que educação precisa ser tratada com prioridade, assim como a saúde (Foto: Divulgação)

Ao ocupar a tribuna da Câmara na noite desta segunda-feira (18), o vereador Marçal Filho cobrou mais atenção da prefeitura de Dourados para a área da educação. Um dos impasses que ultimamente tem ocorrido na cidade é quanto à falta de professores, convocação de aprovados em concurso e obras de Ceims em ritmo lento. 

Ontem, educadores voltaram a protestar na Câmara. Eles prometem fazer barulho todas as segundas-feiras durante as sessões, até que a prefeitura resolva o impasse. Além de professores, há inúmeros cargos como motoristas, vigias e área da saúde que faltam ser convocados.

Marçal chamou a atenção sobre discursos de campanha onde a educação era tratada em planos de governos como prioridade, mas na prática a situação tem sido o inverso. "E isso aconteceu em Dourados. A educação e a saúde foram colocadas como prioritárias no papel, porém o que estamos presenciando são escolas sem professores, alunos dispensados mais cedo, educadores sem reajuste, postos sem médicos e sem medicamentos", criticou o parlamentar.

Com faixas e cartazes, os educadores cobraram na Câmara a prorrogação imediata do concurso para mais dois anos. Eles não acreditam que serão convocados até dezembro. A administração municipal não se manifestou quando chamará os aprovados.

Educadores voltaram a protestar na Câmara; eles cobram prorrogação de concurso público (Foto: Divulgação)
Educadores voltaram a protestar na Câmara; eles cobram prorrogação de concurso público (Foto: Divulgação)

Falta de locais para trabalho não pode ser considerada justificativa. Marçal lembrou sobre o Ceim do jardim Colibri inaugurado no final do ano passado e que até agora não entrou em funcionamento. Também chamou a atenção sobre as obras de outros cinco Ceims em ritmo de lentidão, uma manobra para não serem concluídos.

Desde o início do ano a educação enfrenta problemas. O ano letivo começou atrasado e com falta de professores. Para Marçal, falta planejamento para sequenciar as atividades realizadas pela administração passada, que promoveu o concurso público. "Se não investir na educação de base, certamente os estudantes do ensino público vão sofrer consequências na qualidade do ensino", analisa o vereador.

Em Dourados há ainda o impasse sobre a Lei do Piso, que em 2017 previa um reajuste de 7,64% e, em 2018, 6,81%. Os profissionais de ensino vêm questionando a administração municipal sobre o destino que está sendo dado aos recursos da educação. Magistério e grupo administrativo exigem o cumprimento da reposição salarial, incluindo os valores retroativos referentes as perdas salariais do ano de 2017.


Comentários
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  • Roberto

    Roberto

    Notícia no site da prefeitura: "Atualmente, em Dourados, um professor com curso superior, a maioria predominante nas unidades da área urbana, recebe R$ 4.588,95 pelas mesmas 40 horas pelas quais o MEC manda pagar R$ 2.455. Por 20 horas semanais trabalhadas, o menor salário no Município é de R$ 2.294,42, de acordo com levantamentos da Secretaria de Administração, contabilizada a reposição linear de 2,68% concedida a partir de abril."

    NOTICIA NO SITE DO MEC: "Por lei, o piso salarial dos professores é ajustado anualmente. Para 2018, tendo como referência a Portaria nº 8 de 29 de novembro de 2017, que estabelece o VAA em R$ 2.926,56, representando um acréscimo de 6,81% em relação ao VAA de 2016 que era de R$ 2.739,87, o piso salarial do professor de nível médio com jornada de 40h, deverá passar de R$ 2.298,80 para R$ 2.455,35, conforme se aguarda divulgação oficial pelo MEC, que deverá ocorrer até o final deste ano. Quando confirmado, o valor deste reajuste ficará 3,35% acima do INPC de 2017 que foi de apenas 3,46%, assegurando mais uma vez um ganho real para a categoria"

    Só aí já se percebe que a prefeitura NÃO cumpre o que estabelece a lei.