Marçal pede transparência na aplicação de impostos em Dourados

Com arrecadação de R$ 234 milhões no primeiro trimestre deste ano, o vereador Marçal Filho (PSDB) cobra retorno dos impostos, principalmente para serviços essenciais à população. A maior reclamação é na área da saúde, com falta de remédios, dificuldade de agendar consultas e de fazer exames.
Desde o ano passado quando assumiu a função de vereador na Câmara, Marçal tem cobrado o investimento dos impostos. "A população paga, mas não tem percebido o retorno", diz o parlamentar, muito cobrado pelos moradores. "Cabe a prefeitura fazer o investimento, porém não temos visto isso, pois a reclamação continua grande", reiterou.
Conforme o Portal da Transparência da Prefeitura, o tributo de maior arrecadação no trimestre foi o Imposto Sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana (IPTU), no valor de R$ 42 milhões, seguido do Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), que destinou aos cofres municipais R$ 31,9 milhões.
Somente com a taxa do Custeio do Serviço de Iluminação Pública (Cosip) foram arrecadados R$ 3,8 milhões. "E a reclamação sobre escuridão é geral, nos bairros e distritos de Dourados. E a população reclama com razão, pois paga a Cosip que vem embutida na conta de energia elétrica", diz Marçal.
O vereador chama atenção à falta de planejamento da administração para questões consideradas essenciais, como a saúde. Isso tem feito o Ministério Público Estadual (MPE) recomendar a redução de gastos com cargos em comissão e funções de confiança para que a prefeitura cumpra com a contratação de médicos e a aquisição de alimentação especial para pacientes.
Desde o ano passado postos de saúde tem enfrentado problema com a falta de médicos. Servidores da saúde ainda reclamam das condições de trabalho, como ausência de materiais básicos, a exemplo de curativos. Para Marçal, o MPE tem "puxado orelha" da administração municipal devido à falta de planejamento.
A cobrança de impostos tem como um dos objetivos fazer com que o cidadão contribua financeiramente para ter a garantia de saúde, transporte, educação. O problema é o retorno da contribuição e quem mais sofre é a população que depende do serviço público.