“Me matem rápido”, diz homem assassinado por membros de facção criminosa
Policiais do SIG de Dourados efetuaram a prisão de jovens acusados de homicídio praticado pelo "Tribunal do Crime", na manhã de 14 de setembro, tendo como vítima Josivan Alves de Lima, vulgo JORGE, que foi assassinado com duas facadas no pescoço, e quase foi decapitado.
A vítima estava com as mãos amarradas, sinal característico usado pelo “Tribunal do Crime”, ou seja, indicando que uma facção criminosa havia praticado o crime. As investigações demonstraram que Josivan era alcoólatra, foi apontado como integrante de facção contrária ao PCC.
Assim, ele foi atraído pelos acusados até uma casa, onde foi amarrado e espancado. Em seguida, Josivan foi levado até um "barraco" existente na Favela do Estrela Verá, onde foi submetido a "julgamento" por supostamente ser opositor ao PCC.
Esse "barraco", atualmente destruído, era usado pelo PCC para torturar e julgar aqueles que eram vistos como inimigos da facção. Inclusive, nesse local foi gravado um vídeo onde o jovem Douglas Sarate aparecia sendo agredido antes de morrer.
As investigações realizadas pelo SIG apontaram como autores do bárbaro crime Jackson Avalo de Arujo, de 23 anos, vulgo Alquimista, Elvis Luciano Tavares, 20 anos, vulgo Neguinho, Renan Moraes, 19 anos, e Marcelo Cosma Martins, de 19 anos, vulgo Chacal, todos com antecedentes criminais.
Após a prisão, eles confessaram ter matado Josivan por ele supostamente ser opositor ao PCC. Marcelo Cosma, contou que ele foi o responsável por providenciar o carro que seria utilizado para transportar Josivan, tendo ele utilizado um Fiat Fiorino pertencente à empresa onde trabalhava.
Elvis e Jackson foram aqueles que desferiram as facadas contra o pescoço da vítima. Josivan, ciente de que seria morto, somente clamou que a morte fosse realizada de modo rápido.
