Médicos da UPA e do Hospital da Vida estão com os salários atrasados há dois meses; paralisação não está descartada

Sem o pagamento, alguns profissionais informaram sobre uma possível paralisação.

  • Karol Chicoski
A secretaria de Saúde informou que os pagamentos devem ser realizados até, no máximo, a próxima terça-feira (2/7) -(Foto: reprodução)
A secretaria de Saúde informou que os pagamentos devem ser realizados até, no máximo, a próxima terça-feira (2/7) -(Foto: reprodução)

Os médicos que atendem na UPA (Unidade de Pronto Atendimento) e no Hospital da Vida estão com os salários atrasados há dois meses. Sem o pagamento, alguns profissionais informaram sobre uma possível paralisação.

De acordo com informações apuradas pela reportagem da 94FM na manhã desta quarta-feira (26), atualmente, são 47 médicos que trabalham na UPA que estão com os salários de abril e maio atrasados. Desse total, dois profissionais entregaram ontem (25) uma carta de renúncia, anunciando paralisação nas atividades até que o pagamento seja feito, e outros 14, informaram que têm interesse, mas não chegaram a formalizar o documento. Porém,  se o protesto acontecer, só pode ser realizado daqui a 30 dias, que é o período de aviso, depois disso, se o pagamento não for realizado, os profissionais irão parar as atividades, conforme informou a coordenadoria da UPA. O número de profissionais que realizam plantões no Hospital da Vida ainda não foi informado. A 94FM aguarda a resposta da Funsaud. 

Apesar disso, é muito provável que a greve não ocorra, já que se trata de urgência e emergência. Além disso, a secretária de saúde Berenice de Oliveira Machado de Souza, que foi nomeada como interventora da Fundação de Saúde de Dourados (Funsaud), explicou à 94FM nesta manhã que a população pode ficar tranquila que os serviços serão mantidos.

Ainda de acordo com a secretária de Saúde, novos médicos serão contratados para atender nas duas unidades de saúde. “E também estão chegando novos médicos para trabalhar tanto na rede como no HV e UPA”, afirmou ela à 94FM.

A reportagem apurou ainda que Berenice informou, na noite de ontem aos diretores da UPA e Hospital da Vida, que os pagamentos devem ser realizados nesta sexta-feira (28) ou, no máximo, até a próxima terça-feira (2).

Intervenção na Fundação que administra UPA e Hospital da Vida

No último dia 13, foi publicado no Diário Oficial do Município decreto que declara intervenção municipal nos serviços da Fundação de Saúde de Dourados (Funsaud).

A Funsaud é responsável pela gestão administrativa e hospitalar do Hospital da Vida e da UPA (Unidade de Pronto Atendimento), e com o decreto publicado naquele dia, pelos próximos seis meses, o controle passar a ser da secretária de saúde Berenice de Oliveira Machado de Souza, nomeada como interventora da Fundação, e Maria Izabel de Aguiar, que passa a ser coordenadora geral.

De acordo com decreto, que foi assinado pela prefeita Délia Razuk no dia 11 de junho, fica determinada a intervenção pelo Poder Executivo Municipal de Dourados na Funsaud e, a partir do dia 13, a administração municipal tem responsabilidades como: promover compras de equipamentos, medicamentos, insumos e suprimentos, promover contratações - inclusive com a utilização da hipótese de dispensa por emergência, elaborar o plano de recuperação da gestão, dos direitos e obrigações da Funsaud.

O Hospital da Vida a UPA atendem, além de Dourados, mais 32 municípios da região, com uma estimativa de 800 mil pacientes.


Comentários
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  • mdclown de dourados

    mdclown de dourados

    tem mais de 2 anos os médicos da upa e do hospital da vida estão com dois meses ou mais de atraso de salário. neste período, a funsaud já mudou sua gestão várias vezes e seus atrasos continuam. essas promessas de quitação de salário, entre outras, são antigas. e a principal pergunta agora é: pq não se paga oq se deve aos médicos q já estão trabalhando em vez dessa mais nova promessa de trazer novos medicos pra upa e hospital da vida? hoje em dia falta medico nas duas instituições justamente pela falta dos pagamentos. pelo q se vê, a tendência é q falte mais.