MPF suspeita de ‘milícia de fazendeiros’ contra índios em Dourados

Mensagem em rede social foi divulgada pelo MPF para justificar a suspeita da existência de uma
Mensagem em rede social foi divulgada pelo MPF para justificar a suspeita da existência de uma "milícia de faz... (Reprodução/MPF)

Um confronto entre índios e ruralistas ocorrido na noite de quinta-feira (3) no Distrito de Bocajá, a 30 quilômetros de Dourados, levou o MPF (Ministério Público Federal) a suspeitar da existência de uma “milícia de fazendeiros” na região.

Nesta sexta-feira (4) o site oficial da Procuradoria da República em Mato Grosso do Sul divulgou nota na qual informa a determinação de um inquérito policial. O MPF quer apurar “possível prática de formação de milícia privada por fazendeiros”.

Ainda de acordo com o MPF, a determinação do inquérito policial “ocorreu após troca de mensagens em rede social do presidente do Sindicato Rural de Rio Brilhante, Luís Otávio Britto Fernandes, convocando produtores a promover remoção forçada de indígenas que ocupam área no Distrito de Bocajá, a 30 km de Dourados (MS), desde ontem (3)”.

Segundo a Procuradoria da República no Estado, “os indígenas da etnia guarani-kaiowá reivindicam a área, que eles chamam de Guyrakamby'i”.

 

A investigação terá por base o artigo 288-a do Código Penal, que versa sobre “Constituir, organizar, integrar, manter ou custear organização paramilitar, milícia particular, grupo ou esquadrão com a finalidade de praticar qualquer dos crimes previstos neste Código”, com pena de reclusão de 4 a 8 anos.

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