Novo pedido de cassação mira vereador ex-líder da prefeita na Câmara Municipal

Vereador Júnior Rodrigues é acusado de crime de responsabilidade político-administrativo por suposto envolvimento com licitação fraudulenta entre a prefeitura e uma lavanderia

Vereador Junior Rodrigues foi líder da prefeita na Câmara entre 2017 e 2018 (Foto: Thiago Morais/Divulgação)
Vereador Junior Rodrigues foi líder da prefeita na Câmara entre 2017 e 2018 (Foto: Thiago Morais/Divulgação)

A Câmara de Dourados recebeu nesta segunda-feira (20) mais um pedido de cassação. Desta vez, o alvo é o vereador Rodrigo Júnior de Morais Rodrigues, o Júnior Rodrigues (PR), que foi líder da prefeita Délia Razuk (PR) no Legislativo entre 2017 e 2018. Ele foi denunciado por crime de responsabilidade político-administrativo por suposto envolvimento com licitação fraudulenta entre a prefeitura e uma lavanderia. 

Saiba mais:
-Contratada via dispensa de licitação tinha vínculo com líder da prefeita na Câmara

Assinada pela advogada e ex-vereadora Virgínia Marta Magrini, a denúncia solicita instauração de comissão processante para investigar o parlamentar, a exemplo do que ocorreu com a cassada Denize Portolann (PR) e os afastados Cirilo Ramão (MDB), Pedro Pepa (DEM), e Idenor Machado (PSDB), implicados em outras operações de combate à corrupção deflagradas em 2018.

No caso de Junior Rodrigues, a denúncia levada à Câmara tem como base análise técnica feita pela CGU (Controladoria Geral da União) em contrato via dispensa de licitação da Funsaud (Fundação de Serviços de Saúde de Dourados) com a Lavanderia Global Serv, que revelou vínculo entre funcionários dessa empresa epessoas ligadas diretamente ao vereador líder da prefeita no legislativo.

Nesse vínculo contratual, considerado irregular pelas autoridades, foi apurado prejuízo aos cofres públicos decorrente do superfaturamento de serviços. Essas informações constam em relatório elaborado pela Secretaria de Combate à Corrupção da Controladoria-Regional da União no Estado de Mato Grosso do Sul e anexado ao Inquérito Civil Público número 06.2016.00000437-0, que passou a tramitar sob sigilo após ampla divulgação das constatações na mídia.

Instaurado pelo MPE-MS em março de 2016, esse procedimento visa “apurar possíveis irregularidades ocorridas no Hospital da Vida, relacionadas ao atendimento de pacientes e fornecimento de medicação/material básico”. (clique aqui para ler mais)

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