Obra do UPA já consumiu mais de R$ 2 milhões está parada há mais de um ano em Dourados

Outras três cidade de MS foram beneficiadas com a unidade

  • Alexandre Duarte c/ Assessoria

Com recursos garantidos desde 2009, UPA (Unidade de Pronto Atendimento) ainda não começou a funcionar em Dourados. A obra poderia desafogar os hospitais da cidade, já que tem capacidade de realizar boa parte dos atendimentos de baixa e média complexibilidade.

Em Mato Grosso do Sul apenas quatro cidades foram contempladas. Além de Dourados, Corumbá, Campo Grande e Três Lagoas foram beneficiadas. A unidade de Dourados é a única cuja obra ainda não foi concluída. Em Corumbá e na capital os UPA’s já atendem a população desde 2010. Em Três Lagoas, a previsão de funcionamento é para as próximas semanas.

Em Dourados, conforme dados que constam na placa afixada em frente a obra, foram destinados R$ 2.137.315,40 (dois milhões, cento e trinta e sete mil, trezentos e quinze reais e quarenta centavos). Ainda conforme a placa, a unidade poderia beneficiar cerca de 25 mil pessoas e gerar pelo menos 30 empregos diretos.

O governo federal, além de custear a obra, também garante os recursos para a manutenção da unidade. Quando a prefeitura colocar o UPA em funcionamento, o Ministério da Saúde irá depositar R$ 250 mil todo mês na conta da prefeitura.

Entenda o UPA

Unidades de Pronto Atendimento (UPA) funcionam 24 horas por dia, sete dias por semana e podem resolver grande parte das urgências e emergências, como pressão e febre alta, fraturas, cortes, infarto e derrame. Com isso ajudam a diminuir as filas nos prontos-socorros dos hospitais. A UPA inova ao oferecer estrutura simplificada, com raio-X, eletrocardiografia, pediatria, laboratório de exames e leitos de observação. Nas localidades que contam com UPA, 97% dos casos são solucionados na própria unidade. Quando o paciente chega às unidades, os médicos prestam socorro, controlam o problema e detalham o diagnóstico. Eles analisam se é necessário encaminhar o paciente a um hospital ou mantê-lo em observação por 24 horas.

As UPAs fazem parte da Política Nacional de Urgência e Emergência, lançada pelo Ministério da Saúde em 2003, que estrutura e organiza a rede de urgência e emergência no país, com o objetivo de integrar a atenção às urgências. Mais detalhes aqui.

Serão contratadas até 2014 a construção ou ampliação de 500 UPAs, em três portes diferentes:

UPA Porte I: tem de 5 a 8 leitos de observação. População na área de abrangência de 50 mil a 100 mil habitantes.

UPA Porte II: 9 a 12 leitos de observação. População na área de abrangência de 100 mil a 200 mil habitantes.

UPA Porte III: 13 a 20 leitos de observação. População na área de abrangência de 200 mil a 300 mil habitantes.