ONG que acolhe jovens ganhará bolas e panetones feitas por presos de Dourados
Costuradas por presos da PED, bolas que serão doadas ao Instituto Agrícola do Menor são as mesmas utilizadas na Segunda Divisão do Campeonato Brasileiro de Futebol

Adolescentes acolhidos pelo Iame (Instituto Agrícola do Menor), uma ONG (Organização Não Governamental) localizada no Distrito da Picadinha, receberão bolas de futebol oficiais e panetones produzidas por presos da PED (Penitenciária Estadual de Dourados). As doações vão ocorrer na sexta-feira (7), às 14h, e fazem parte do projeto "Além dos Muros - Natal 2018".
Diretor-presidente da Agepen (Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário), Aud de Oliveira Chaves participará da entrega acompanhado de Manoel Machado, diretor da PED, maior presídio de Mato Grosso do Sul, com aproximadamente 2,3 mil presos.
De acordo com a Agepen, ao menos 300 apenados atuam nesse trabalho desempenhado por uma empresa que utiliza mão de obra prisional para costura das bolas, as mesmas utilizadas na Segunda Divisão do Campeonato Brasileiro de Futebol.
SOCIEDADE BENEFICIADA
No projeto "Além dos Muros - Natal 2018", que visa beneficiar a sociedade com a doação de itens feitos nos presídios - desde brinquedos a alimentos -, além das bolas também serão doados para o Iame panetones produzidos na padaria da PED.
Fundado no dia 16 de maio de 1980, o Instituto Agrícola do Menor está localizado na Rodovia Coronel Jucá de Matos, no quilômetro 15, e acolhe atualmente 14 jovens com idade entre 10 e 17 anos.
PADARIA
No dia 29 de maio deste ano a Funsaud (Fundação de Serviços de Saúde de Dourados) celebrou termo de cooperação mútua com a Agepen para que internos da PED atuassem como mão-de-obra para produção de pão francês destinado à alimentação de servidores, pacientes e acompanhantes que estiverem na UPA 24 Horas (Unidade de Pronto Atendimento) e no HV (Hospital da Vida).
Conforme o Extrato do Termo de Cooperação Mútua nº 031/18/DTP/DAP/AGEPEN-MS, referente ao processo nº 31/600.554/2018, esse vínculo consiste na “utilização de mão-de-obra prisional para produção e fornecimento de pães franceses (assados), lotados na Penitenciária Estadual de Dourados, sendo que o produto será destinado aos pacientes/servidores/acompanhantes do Hospital da Vida e das Unidades de Pronto Atendimento-24 horas, desse Município”.