Operação prende falso policial federal que extorquia cigarreiros em Dourados

Homem se identificava como policial federal para solicitar propinas de organização criminosa e chegou a cobrar R$ 1 milhão

Foram cumpridos um mandado de prisão preventiva e três mandados de busca e apreensão em Dourados (Foto: Divulgação/PF)
Foram cumpridos um mandado de prisão preventiva e três mandados de busca e apreensão em Dourados (Foto: Divulgação/PF)

A PF (Polícia Federal) prendeu nesta terça-feira (26) um morador em Dourados que se passava por agente da corporação para extorquir integrantes de quadrilha de cigarreiros. O alvo da segunda fase da Operação Nepsis “atuava auxiliando no escoamento logístico dos cigarros contrabandeados, prestando serviços de contra vigilância, ou seja, favorecendo o monitoramento pela organização criminosa da fiscalização policial nas rodovias”.

Segundo os federais, nesta manhã foram cumpridos um mandado de prisão preventiva e três mandados de busca e apreensão na maior cidade do interior de Mato Grosso do Sul. A organização criminosa que atua no contrabando de cigarros havia sido desmantelada na primeira fase da Operação Nepsis, desencadeada dia 22 de setembro de 2018.

“A organização criminosa investigada formou um verdadeiro consórcio de grandes contrabandistas, com a criação de uma sofisticada rede de escoamento de cigarros contrabandeados do Paraguai pela fronteira do Mato Grosso do Sul, que se estruturava em dois pilares: um sistema logístico de características empresariais e, ainda, a corrupção de policiais cooptados para participar do estratagema criminoso”, detalhou a PF.

Ainda segundo a corporação, “nesse cenário, o preso identificou a oportunidade de se passar por agente de polícia federal e vender informações aos chefes da máfia dos cigarros sobre possíveis operações policiais, recebendo valores em nome de uma equipe inexistente de policiais federais fictícios, bem como em nome de membros do Poder Judiciário. Há registros de solicitação de pagamentos no valor de R$ 1 milhão, para prejudicar o andamento de uma suposta operação policial”.

“Além disso, o falso policial atuava auxiliando no escoamento logístico dos cigarros contrabandeados, prestando serviços de contra vigilância, ou seja, favorecendo o monitoramento pela organização criminosa da fiscalização policial nas rodovias”, acrescentaram.

O preso não teve o nome divulgado pelas autoridades policiais. Ele foi indiciado pelos crimes de organização criminosa e tráfico de influência.

Comentários
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  • Alexandre

    Alexandre

    Me lembrei de um ditado: ladrão que rouba ladrão...
    Ê país engraçado esse nosso....

  • Almir

    Almir

    Quem é??????

  • Renato

    Renato

    Cadê o nome dele colarinho Branco...