PM’s de Dourados são promovidos após socorro a sitiante espancado em 2013
Policiais militares de Dourados foram os primeiros a chegar no local do crime, no distrito de Lagoa Rica, em Douradina, no dia 12 de abril de 2013
Três policiais militares de Dourados foram promovidos por bravura em decorrência de um salvamento que realizaram em abril de 2013. Na ocasião, foram os primeiros a chegar numa área de conflito em Douradina, onde o produtor rural Arnaldo Alves Ferreira, de 68 anos, PM aposentado, havia sido espancado por índios após um desentendimento. A vítima faleceu na ambulância, antes de chegar ao Hospital da Vida.
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As promoções por ato de bravura foram comunicadas na edição de sexta-feira (7) do Diário Oficial do Estado, em decreto assinado pelo governador Reinaldo Azambuja (PSDB). Pela publicação, o 1º sargento José Santana foi graduado subtenente, o 2º sargento Carlos Vernes Endres tornou-se 1º sargento, e o cabo Ronivaldo Maciel Machado agora é 3º sargento.
Conforme o decreto, esses militares mereceram a promoção por “terem praticado atos não comuns de coragem e audácia que, ultrapassando os limites do cumprimento do dever, representam feitos indispensáveis às operações desenvolvidas pela Polícia Militar do Estado de Mato Grosso do Sul, devidamente comprovados em Investigação Sumária por Conselho Especial designado pelo Comandante-Geral da Polícia Militar do Estado”.
O CASO
Integrantes da Força Tática do 3º BPM (Batalhão de Polícia Militar) na época do fato, esses policiais foram os primeiros a chegar à área rural do distrito de Lagoa Rica, em Douradina, na tarde do dia 12 de abril de 2013. No local, Arnaldo Alves Ferreira havia sido espancado após desentendimento com índios residentes na região. A vítima estava com as mãos amarradas para trás e com o rosto todo ensanguentado.
Coube aos militares atuar com bravura para ingressar na área de conflito e ter acesso à vítima. Apesar do clima tenso, eles conseguiram socorrer o produtor rural, que chegou a ser encaminhado ao Hospital da Vida, em Dourados, mas não resistiu aos ferimentos e morreu antes mesmo de dar entrada na unidade hospitalar.
Esse crime teria sido motivado por desentendimentos entre a vítima e os índios do local. No dia do assassinato, o produtor rural teria ido à cidade prestar depoimento sobre confusões ali ocorridas anteriormente por suspeita de roubo de gado. Na volta à propriedade ocorreu a confusão, quando Arnaldo teria agredido um índio com coronhadas e disparado para cima com sua arma. Ele acabou alvejado por flechadas e espancado com golpes de facão.
