Por R$ 716 mil mensais, grupo vai gerir Hospital de Cirurgias da Grande Dourados

Organização Social que venceu chamamento público do Governo do Estado deverá reabrir unidade hospitalar desativada há um ano

Unidade hospitalar parou de atender em novembro de 2016 (Foto: Divulgação)
Unidade hospitalar parou de atender em novembro de 2016 (Foto: Divulgação)

O Governo de Mato Grosso do Sul divulgou nesta terça-feira (19) o resultado do chamamento para a seleção da organização social que fará a gestão do Hospital Regional de Cirurgias da Grande Dourados. Fechada desde novembro de 2016, a unidade hospitalar deve ser reativada ao custo de R$ 716.100,00 por mês.

A organização social vitoriosa nessa concorrência pública foi o Grupo de Apoio à Medicina Preventiva e à Saúde Pública - GAMP, autointitulada "uma instituição sem fins lucrativos, que incorpora na sua missão promover a constante melhoria dos atendimentos e da gestão SUS em todo o território nacional".

DESPESAS OPERACIONAIS

Quando lançou o edital do chamamento púbico, o governo estadual propôs um contrato de 60 meses e valor anual de R$ 8.593.200,00. Foi estabelecido máximo de despesas operacionais em R$ 22.378,13 mensais por leito e R$ 716.100,00 total por mês.

Ativado oficialmente pelo governador Reinaldo Azambuja (PSDB) no dia 1º de dezembro de 2015 com investimento de R$ 1,2 milhão, o Hospital Regional de Cirurgias da Grande Dourados parou de atender menos de um ano depois, em novembro de 2016.

APROVEITAMENTO DA ESTRUTURA

Na ocasião, o governo estadual informou ter investido R$ 1,2 milhão em equipamentos, assumiu o compromisso de pagar os aluguéis ao dono do prédio, antigo Hospital São Luiz, e designou o médico oncologista David Infante Vieira para o cargo de diretor. Coube à Associação Beneficente Douradense, entidade que administra o HE (Hospital Evangélico), gerir a unidade com cedência de corpo clínico e setor de RH (Recursos Humanos).

Contudo, esse vínculo formalizado sem licitação foi alvo de recomendação do MPE-MS (Ministério Público do Estado de Mato Grosso do Sul) em agosto de 2016. Promotores de Justiça que vistoriaram o prédio apontaram falta de aproveitamento da estrutura, sujeira e abandono no hospital, e recomendaram o fim da parceria entre Estado e Associação Beneficente Douradense.

MÉDIA COMPLEXIDADE

Ainda segundo o Governo do Estado, essa unidade hospitalar deve "atender as demandas acumuladas há anos de cirurgias de média complexidade para cerca de 32 municípios, incluindo a macrorregião de Dourados". "Entre as especialidades atendidas pelo hospital estão: ortopedia, urologia, vascular e ginecologia, com uma média prevista de 100 cirurgias ao mês", detalha.

Agora, essa missão caberá ao Grupo de Apoio à Medicina Preventiva e à Saúde Pública, que em seu site institucional declara prestar "serviços de gestão plena às instituições, garantindo excelência na assistência como diferencial das Organizações de Saúde - OSs".

Essa Organização Social afirma ainda possuir "como metodologia a definição, o diagnóstico, o planejamento, a implantação, a execução, a mensuração, a avaliação e a garantia de melhorias contínuas com consequente reconhecimento das certificadoras em acreditação em qualidade geral e setorial".

Comentários
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  • Belarmino Pereira dos Santos

    Belarmino Pereira dos Santos

    Parabéns pela recuperação - passo em frente fico triste em ver o abandono - quando se vê tantas pessoas necessitando de atendimento - parabéns