Prefeitura diz lamentar prejuízos da greve e ser impossível atender educadores

Nota divulgada pela administração municipal após anúncio de greve do Simted pede a compreensão da população

Greve dos educadores de Dourados deve afetar aulas em rede com 27 mil estudantes matriculados (Foto: A.Frota)
Greve dos educadores de Dourados deve afetar aulas em rede com 27 mil estudantes matriculados (Foto: A.Frota)

Em nota de esclarecimento sobre a paralisação por tempo indeterminado que educadores decidiram deflagrar a partir de segunda-feira (21), a Prefeitura de Dourados disse lamentar "os prejuízos de uma greve que envolve 27 mil alunos e suas respectivas famílias" e alegou que "por mais que desejasse atender as reivindicações da categoria, isso se torna impossível diante da situação" econômica do município.

Divulgada no final da tarde de quarta-feira (17), horas após o anúncio de greve feito pelo Simted (Sindicato Municipal dos Trabalhadores em Educação de Dourados), a nota não contém assinatura de qualquer gestor público do município. Contudo, partiu do e-mail oficial da Assessoria de Comunicação Social da Prefeitura de Dourados.

Embora os educadores queixem-se de não receber "nenhuma proposta por parte da prefeitura" sobre a negociação salarial que "se arrasta desde o mês de maio", a administração municipal informou "que exauriu todos os limites possíveis de negociação dado ao momento difícil no setor econômico" e pediu "a compreensão da população".  

"A Prefeitura de Dourados, diante do anúncio de greve por parte dos professores, informa que exauriu todos os limites possíveis de negociação dado ao momento difícil no setor econômico e pede a compreensão da população. Por mais que desejasse atender as reivindicações da categoria, isso se torna impossível diante da situação", começa a nota.

"A gestão municipal lamenta os prejuízos de uma greve que envolve 27 mil alunos e suas respectivas famílias, mas ressalta que a administração de uma máquina pública implica no cumprimento de deveres e em garantir o melhor para a sociedade como um todo", finaliza.

De acordo com o Simted, os educadores aguardaram "duas solicitações de tempo, por meses, para que a administração efetuasse estudos orçamentários", "porém, durante a negociação com o SIMTED, nenhuma proposta concreta (com percentuais e/ou datas para cumprimento das leis) foi efetuada pelo Governo Municipal".

"São reivindicações dos/as educadores/as o cumprimento da Lei Nacional do Piso do Magistério, com reajuste de 7,64%; e o mesmo percentual para os/as servidores/as administrativos da REME, com pagamento de valores retroativos relativo ao mês de abril (data base)", detalha o sindicato.

Com início previsto para a próxima segunda-feira, dia 21 de agosto, a greve por tempo indeterminado deve afetar as aulas nas escolas e Centros de Educação Infantil do município.

Comentários
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  • JOSÉ NILTON VARGAS MELO

    JOSÉ NILTON VARGAS MELO

    Eu fiquei pu... Da cara quando foi aprovada a nova CLT mas agora vendo o prejuízo que esses sindicatos causam a nós que trabalhamos e pagamos impostos absurdos eu concordo com umas partes essas corjas tem q acabar eu acho q os educadores não ganham o q deveriam mas Dourados tem um dos melhores salários de educação do Brasil, a um tempo mais de 1000 pessoas foram demitidas de uma usina e o restante estão quase a perder e estão a 2 anos sem aumento e nem por isso estão deixando de comparecer ao trabalho agora esses educadores que vão parar não é só pelo salário mas isso é briga de oposição política, todos merecem seus direitos mas não é prejudicando o próximo que se consegue o que quer os pais dos alunos trabalham e precisam dos alunos na escola, vcs não tem coração!!!

  • Juliana

    Juliana

    Isso está uma vergonha, tira um pouco dos puxa saco pra ver quanto de dinheiro vai sobrar!

  • Indignada

    Indignada

    É lamentável essa situação, descaso total da prefeitura com a população e com os trabalhadores em educação.... Alega não ter verba para atender as reivindicações da categoria, mais não falam em nota o real motivo da prefeitura estar nessa situação, que são os altos salários comissionados que ela paga. E depois vem jogar toda a culpa da grave em cima da categoria. Retrocesso na educação....

  • Fabricia

    Fabricia

    O que faço se preciso trabalhar, com quem deixar meu filho?