Preso na PED, ex-secretário de Saúde é flagrado com celular e ficará isolado

Agepen confirmou o flagrante para a 94FM, informou que o preso foi isolado em cela disciplinar e anunciou a abertura de procedimento interno para apurar essa irregularidade

Médico é servidor municipal estatutário admitido em maio de 2017, mas está licenciado desde a prisão (Foto: Reprodução)
Médico é servidor municipal estatutário admitido em maio de 2017, mas está licenciado desde a prisão (Foto: Reprodução)

Preso preventivamente desde o dia 6 de novembro, o ex-secretário municipal de Saúde, Renato Oliveira Garcez Vidigal, foi flagrado com um aparelho de telefonia celular nesta quarta-feira (11) na cela em que está na PED (Penitenciária Estadual de Dourados).

A assessoria de imprensa da Agepen (Agência Estadual de Gestão do Sistema Penitenciário) confirmou o flagrante para a 94FM, informou que o preso foi isolado em cela disciplinar e anunciou a abertura de procedimento interno para apurar essa irregularidade.

Servidor municipal estatutário admitido em 5 de maio de 2017, Vidigal é médico lotado no Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência), do qual foi coordenador até ser alvo de mandado de prisão preventiva, mas está licenciado e teve remuneração básica de R$ 12.010,08 em novembro.

Vidigal foi um dos dois presos no dia 6 de novembro, quando a PF (Polícia Federal) deflagrou a segunda fase da Operação Purificação, denominada Nessum Dorma Adsumus.

Ele tornou-se réu em processo após a Justiça Federal em Dourados aceitar no final do mês passado, denúncia oferecida pelo MPF (Ministério Público Federal( em conjunto com o MPE-MS (Ministério Público Estadual) contra pessoas acusadas de desviar recursos públicos destinados à aquisição de alimentação hospitalar para pacientes internados e acompanhantes entre os anos de 2017 e 2018.

“Uma das pessoas envolvidas no esquema criminoso é Renato Oliveira Garcez Vidigal, secretário de Saúde do município de Dourados à época dos fatos”, revelou o MPF, segundo quem “Renato e mais quatro pessoas, duas delas funcionárias da Secretaria de Saúde e uma gerente da Fundação de Serviços de Saúde de Dourados (Funsaud), agiram em conjunto com o propósito de desviar recursos destinados à contratação de empresa especializada no fornecimento de alimentação hospitalar”.

“Para isso eles fraudaram processo licitatório, falsificaram documentos e subornaram empresa para que não participasse da licitação”, acusa o MPF.

Em recente entrevista, o advogado João Arnar Ribeiro, que atua na defesa de Vidigal, explicou que para justificar o mandado de prisão preventiva cumprido em 6 de novembro “o juiz disse que ele era chefe da repartição, da secretaria, e como chefe teria deixado de tomar certos cuidados”. “Mas na verdade não lhe eram inerentes porque o secretário de Saúde não tem gerência sobre a Funsaud [Fundação dos Serviços de Saúde de Dourados], o que acontece lá não diz respeito a ele”, pontuou.


Comentários
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  • Agnaldo

    Agnaldo

    Primeiramente parabenizar a justiça por não conceder habeas corpus para esse elemento, digo isso pois eles praticou um dos crimes mais hediondos da terra que é a corrupção; pois através dessa maldição desvia dinheiro da saúde. da educação , segurança pública etc.O juramento que ele deve ter feito de Hipócrates, de lutar com todas as forças para salvar vida não é válido. E agora parabéns aos agentes penitenciários por terem encontrado esse celular com esse "Dr" e ainda dentro de uma capela, onde teria que se concentrar e pedir perdão pelas porcarias que ele fez. E por último será se o CRM vai ficar nessa de parcialidade...o cara é um criminoso e tem que responder em todas as esferas. Justiça seja feita.