Protesto de professores pela educação tem baixa participação em Dourados
Foi fraco o movimento de manifestação dos educadores na manhã desta quarta-feira (02) em Dourados. Das 22 escolas estaduais, somente cinco resolveram manter aulas normalmente. Na concentração marcada para as 8h na praça Antônio João, centro da cidade, cerca de 40 educadores compareceram ao protesto.
A paralisação é nacional e em MS foi aprovada pelos profissionais da educação durante o 27º Congresso Estadual da Fetems (Federação dos trabalhadores em Educação de MS), realizado em Bonito, há duas semanas.
Ficou decidido que a paralisação ocorrerá nesta quarta e quinta-feira. Durante esses dois dias, pelo menos 300 mil alunos da rede estadual de ensino no Estado ficarão sem aula. Amanhã, educadores do interior seguem em caravana para Campo Grande.
No Estado, a categoria contesta alterações na carreira do magistério e cobra a realização de concurso público. Das 22 escolas estaduais em Dourados, funcionaram normalmente a Castro Alves, Tancredo Neves, Nelson de Araújo, Maria da Glória, Moacir Djalma e Joaquim Vaz (distrito de Indápolis).
O balanço das escolas em paralisação foi anunciado durante reunião entre a diretoria do Simted (Sindicato dos Trabalhadores em Educação) e os educadores na praça. A categoria esperava um movimento maior e questionou a ausência dos demais colegas. A desmotivação foi um dos motivos sinalizados durante discursos.
O governador Reinaldo Azambuja (PSDB) é contra o movimento, diz ser ato político e que considera estranha a paralisação, pois o Governo do Estado "paga um salário acima do piso nacional".
Os educadores ainda cobram isonomia salarial entre convocados e efetivos, eleições diretas para diretores, chamada do concurso para administrativos e professores, política salarial para administrativos e a não militarização das escolas públicas.
Reinaldo não decidiu se vai descontar esses dois dias não trabalhados pelos educadores, mas disse que tomará providências, pois quem está sendo prejudicado são os alunos.
Nacional
Em âmbito nacional, a paralisação nestes dois dias é comandada pela CNTE (Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação). Em seu site oficial, a entidade fez uma avaliação da conjuntura educacional e alega que a cada dia vem se tornando caótica, principalmente com discussões como projeto escola sem partido, a militarização das escolas, o ataque à liberdade de cátedra, e a retirada de verbas das universidades e dos subsídios aos programas de pesquisa.