Seco há 36 dias, Dourados registra menor índice de umidade relativa do ar no ano

A falta de chuva que perdura há 36 dias em Dourados fez o município registar nesta semana sua mais baixa umidade relativa do ar em 2018. Conforme a Embrapa Agropecuária Oeste, às 13h05 de quarta-feira (18) foram apurados 21%. Quando fica entre 30% e 20%, esse índice que aponta o quão seco está o tempo é classificado como “estado de atenção”. De 20% a 12%, “estado de alerta”, e abaixo de 12% configura “estado de emergência”.

De acordo com os dados apurados pela estação agrometeorológica em atividade desde 1979 no município, ao longo deste ano foram divulgados 12 alertas por baixa umidade relativa do ar pela Boletim Guia Clima. Destes, dois em fevereiro (27% dia 23 e 29% dia 22), um em maio (27% dia 3) e todos os demais em julho.

“Níveis baixos de umidade relativa do ar indicam que há uma pequena quantidade de água, em forma de vapor na atmosfera. Quando isso ocorre, são comuns os problemas respiratórios, sangramento pelo nariz, irritação nos olhos e ressecamento de mucosas e da pele”, detalha a Embrapa.

Toda essa secura é típica da época do ano e só deve acabar efetivamente a partir de setembro, quando são esperados 99.7 milímetros. Em junho, apesar dos 70.4 milímetros esperados, só caíram 11.4 milímetros, o segundo menor índice para o período desde 2010, quando choveu 2 milímetros. Para julho a chuva média mensal apurada desde 1979 gera expectativa de 48.4 milímetros e para agosto a média histórica indica uma previsão de apenas 47.5 milímetros de chuva em Dourados.

Nos quase 40 anos de monitoramento climático em Dourados, a Embrapa Agropecuária Oeste apurou em agosto de 2010 o mais seco tempo registrado na cidade. Às 13h20 do dia 28 e às 14h15 do dia 29 daquele mês, sábado e domingo, respectivamente, a umidade relativa do ar chegou a 8%, índice comparável ao de uma área de deserto.