Segunda maior cidade do Estado, Dourados perde para outros munícipios em IDHM

O índice revela que apesar da forte economia Dourados deixa a desejar na oferta de qualidade de vida

O Índice do Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM) do Brasil, divulgado na semana passada mostrou que Dourados, apesar de ser a segunda maior cidade do estado, não tem a mesma colocação em desenvolvimento econômico e qualidade de vida.

Enquanto o município aumenta em população e arrecadação, índices como educação, longevidade e renda o colocam em terceiro lugar no ranking estadual, praticamente empatado com o quarto colocado.

Campo Grande ficou com a primeira colocação (0,784), seguida por Chapadão do Sul (0,754), Dourados (0,747) e logo em seguida Três Lagoas (0,744). A educação, uma das principais variáveis, é o que mais puxa para baixo o desempenho douradense nesse ultimo levantamento (0,657), depois vem renda (0,753), e a longevidade com (0,843).

No comparativo entre as duas ultimas décadas o resultado geral também não é satisfatório, com um crescimento de 45,90%, enquanto a média nacional foi de 47,46% e a estadual 49,39%.

Os dados revelam a carência de políticas públicas municipais voltadas para o bem estar da população, impossibilitando que uma parcela considerável deste grupo faça jus à igualdade de condições, dignidade e qualidade de vida a que têm direito.

Dourados convive com realidades opostas lado a lado: riqueza e pobreza, inclusão e exclusão, participação e marginalidade. A saúde no município passa por um longo período de problemas administrativos e enfrenta além, de uma CPI para detectar as maiores irregularidades, problemas básicos como falta de materiais primários para o trabalho médico, e até mesmo a disputa de responsabilidade entre hospitais e prefeitura.