Setembro começa seco, mas tem média de chuva superior a julho e agosto juntos

Índice histórico apurado pela Embrapa neste mês em Dourados passa de 100 milímetros, enquanto meses anteriores ficavam abaixo de 50 milímetros

Setembro tem mais de 100 milímetros de chuva como média histórica em Dourados (Foto: Franz Mendes)
Setembro tem mais de 100 milímetros de chuva como média histórica em Dourados (Foto: Franz Mendes)

Apesar da seca que persiste desde o dia 18 passado, quem mora em Dourados pode ter esperanças de dias chuvosos ainda neste mês. De acordo com a Embrapa Agropecuária Oeste, que monitora o clima do município através de uma estação meteorológica ativada em 1979, a média histórica de chuva em setembro é superior até mesmo aos índices de julho e agosto somados.

Conforme o Boletim Guia Clima da empresa, que disponibiliza em tempo real esses dados, a chuva média mensal em setembro em Dourados chega a 102.0 milímetros. São 5.4 milímetros a mais do que os 96.6 milímetros esperados para os dois meses anteriores juntos -49.6 milímetros em julho e 47.0 milímetros em agosto.

Contudo, desde que começou, setembro não teve uma única gota d'água vinda dos céus na maior cidade do interior de Mato Grosso do Sul, que completou nesta segunda-feira (4) 17 dias de seca total. De acordo com o Portal Climatempo, somente a partir do próximo final de semana essa situação deve começar a mudar.

Para sábado (9), que deve ser o dia mais quente da semana, com a temperatura mínima prevista de 26°C e máxima de 36°C, com sol ao longo do dia, o período noturno tem 7 milímetros de chuva previsto. E no dia seguinte, domingo (10), com mínima de 25°C e máxima de 35°C, após um período de sol e aumento de nuvens, o anoitecer deve ter 13 milímetros de índice pluviométrico.

Essas previsões do Climatempo, caso sejam confirmadas, devem melhorar as condições de umidade relativa do ar na cidade. De acordo com a Embrapa Agropecuária Oeste, o índice chegou a 20% às 13h22 desta segunda-feira, considerado Estado de Atenção pela OMS (Organização Mundial de Saúde), que alerta sobre problemas respiratórios.

Essa secura toda ocorre mesmo após um agosto mais chuvoso que o normal. Apesar dos 47.0 milímetros de média histórica mensal, foram 64.2 milímetros de água vinda dos céus. Em contrapartida, julho foi o mais seco desde 1988, sem uma única gota d'água apesar dos 49.6 milímetros esperados.

Conforme revelado pela 94FM na semana passada, desde o início deste ano Dourados teve quase 200 incêndios florestais, quando o fogo atinge pastagens. Segundo o 2º GBM (Grupamento de Bombeiros Militar), até o final de agosto haviam sido atendidas 11 ocorrências dessas em janeiro, duas em fevereiro, 10 em março, três em abril, cinco em maio, 15 em junho, 82 em julho e 62 até o dia 30 passado.

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