Em três meses, Samu de Dourados recebeu 848 trotes
Segundo o código penal, passar trote em qualquer serviço de emergência é crime em todo o Brasil.
De janeiro a março deste ano, o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) de Dourados recebeu 848 ligações falsas. Em 2018, dos 36.500 atendimentos, 2.357 eram trotes, segundo informações divulgadas pelo coordenador de frota e operacional Gilvan Rodrigues da Silva à reportagem da 94FM nesta segunda-feira (6). O número pode ser ainda maior, já que, o balanço de abril ainda não foi fechado.
Os trotes são ligações feitas com más intenções e que solicitam atendimento para um caso inexistente, prejudicando a equipe de socorro.
Como o Samu tem apenas três viaturas para atendimento em Dourados, que tem uma população de 210 mil habitantes, sendo duas para o atendimento básico e uma para o avançado, quando uma ligação é feita como trote, a equipe deixa de cobrir outras emergências, podendo colocar em risco a vida de outras pessoas. Além disso, as ligações falsas também acarretam no prejuízo pessoal e financeiro.
Para tentar evitar os trotes, as ligações são recebidas por um técnico auxiliar de regulação médica, que faz questionamentos à pessoa, como o nome, se ela está perto do paciente e qual o telefone. Diante dessas respostas e com um aparelho com identificador, a equipe tenta descobrir se é trote ou não. Porém, quando o trote não é identificado de primeira pela central, as viaturas se deslocam até o endereço indicado na ligação, trazendo prejuízo para a equipe, que perde a viagem, e para outras pessoas que realmente precisam com urgência do atendimento.
Segundo o código penal, passar trote em qualquer serviço de emergência é crime em todo o Brasil. Se o indivíduo for identificado, pode pegar de um a seis meses de prisão, além de multa.