Sob ameaça de paralisação por salários, secretário considera educadores afoitos
Secretário de Governo classificou como “curiosa” a decisão do Simted de anunciar a paralisação dos professores “caso não recebam seus salários até sexta-feira”
O secretário municipal de Governo e Gestão Estratégica, Celso Antonio Schuch Santos, disse estar decepcionado com educadores após a categoria ameaçar paralisação a partir de segunda-feira (9) caso a Prefeitura de Dourados não efetue o pagamento dos salários integrais até o quinto dia útil desse mês, sexta-feira (6).
Conforme já noticiado pela 94FM, em assembleia realizada na terça-feira (26) no Simted (Sindicato Municipal dos Trabalhadores em Educação de Dourados), profissionais da rede municipal de ensino de Dourados tiveram essa deliberação em protesto aos “quatro meses de descaso” por causa dos seguidos escalonamentos salariais. (saiba mais)
Ontem mesmo os educadores enviaram ofício comunicando essa decisão para as secretarias municipais de Governo e de Educação, além do gabinete da prefeita Délia Razuk. E nesta terça-feira (3) o braço direito da mandatária não poupou críticas aos trabalhadores.
Em matéria publicada no site institucional da prefeitura, é detalhado que o secretário de Governo classificou como “curiosa” a decisão do Simted de anunciar a paralisação dos professores “caso não recebam seus salários até sexta-feira” e considerou “uma ameaça descabida, considerando que a Prefeitura está se esforçando no sentido de pagar os salários não apenas dos professores mas de todos os servidores municipais em dia, no quinto dia útil como preconiza a legislação”.
“E ainda que isso não fosse possível, tendo em vista os enormes problemas financeiros que assolam as administrações municipais neste modelo de Federação que concentra as arrecadações em outros níveis – federal e estadual, trata-se de uma ameaça que só serve para causar pânico entre pais de alunos, ou seja, em nada contribui para a solução do problema”, disse Schuch.
Embora o Simted tenha denunciado ser vítima de “um processo de desvalorização profissional por parte da atual gestão, com falta de reajuste (índice de 7,64% referente ao Piso Municipal de 2017) e precarização da educação municipal”, o secretário de Governo declarou estar “confiante em poder cumprir com o pagamento dos salários de todos os servidores dentro dos prazos estabelecidos por lei” e destacou estar “decepcionado com a atitude dos trabalhadores da educação de quem esperávamos que fossem menos afoitos”.