Umidade relativa do ar cai e chega perto de nível de emergência em Dourados

Sem registros de chuva desde o dia 18 de agosto, Dourados enfrentou nesta semana os menores índices de umidade relativa do ar desde que 2017 teve início. De acordo com a Embrapa Agropecuária Oeste, que monitora o clima no município através de uma estação meteorológica em atividade desde 1979, na quarta-feira (6) e na quinta-feira (7) houve registro de 15% e 16%, respectivamente.

Com base em critérios estabelecidos pela Organização Mundial da Saúde (OMS) para avaliar os riscos à saúde humana de baixos índices de umidade do ar, a empresa classifica esses valores como "Estado de Alerta", o segundo mais baixo de uma escala cujo mais crítico estágio refere-se a "Estado de Emergência", quando há registro menor do que 12%.

"Níveis baixos de umidade relativa do ar indicam que há uma pequena quantidade de água, em forma de vapor na atmosfera. Quando isso ocorre, são comuns os problemas respiratórios, sangramento pelo nariz, irritação nos olhos e ressecamento de mucosas e da pele", detalha informativo do Boletim Guia Clima da Embrapa.

Nesta sexta-feira (8), com temperatura máxima de 35.5ºC às 13h27 e mínima de 16.6ºC às 5h59, o maior índice de umidade relativa do ar em Dourados foi de 69% às 6h12 e o menor de 17% às 13h15. Ontem, feriado da Independência do Brasil, os 16% de umidade relativa do ar foram apurados às 14h55 e anteontem, às 15h10 houve o mais baixo registrado este ano na cidade, 15%.

De acordo com o banco de dados do Guia Clima da Embrapa Agropecuária Oeste, o mais baixo índice de umidade relativa do ar já registrado em Dourados desde que o clima é monitorado, 1979, ocorreu no dia 28 de agosto de 2010, com 8.0%, nível comparável ao apurado em regiões de deserto.

Com 102.2 milímetros de chuva como média histórica de chuvas em Dourados, o mês de setembro ainda não teve qualquer registro de água vinda dos céus, conforme a Embrapa. A mais recente chuva apurada na cidade ocorreu em 18 de agosto.