Alta em impostos e juros agravam cenário para indústria de MS

Setor que já sofre com menor geração de empregos desde 2014 deverá frear produção

  • Correio do Estado
Alta em impostos e juros agravam cenário para indústria de MS

A alta dos juros e o aumento dos impostos agravam a situação do mercado de trabalho da indústria sul-mato-grossense, que acumulou, no ano passado, o menor saldo na criação de empregos desde 2003. Conforme projeção da Federação das Indústrias de Mato Grosso do Sul (Fiems), a elevação da taxa básica de juros, a Selic, que chega ao maior porcentual desde agosto de 2011, e a majoração de tributos aumentam os custos das indústrias, que deverão, por esta razão, frear o ritmo de produção e enxugar o quadro de funcionários.  

Na noite de segunda-feira, o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, anunciou um pacote de medidas, que objetiva elevar em R$ 20 bilhões a arrecadação federal neste ano. A alíquota do PIS/Cofins sobre a importação subiu de 9,25% para 11,75%; o IOF para operações de crédito realizadas por pessoas físicas aumentou de 1,5% para 3%; o PIS/Cofins sobre combustíveis também será reajustado e voltará a Cide, mudanças que impulsionam a alta do preço da gasolina em R$ 0,22 e a do diesel em R$ 0,15 a partir de fevereiro. 

Além da elevação da carga tributária, o governo federal também continua aumentando os juros básicos da economia, como forma de conter a inflação. Na noite de quarta-feira, o Comitê de Política Monetária (Copom), do Banco Central, decidiu, pela terceira vez consecutiva, subir a taxa Selic, que está, agora, em 12,25% ao ano, maior patamar desde agosto de 2011, quando estava em 12,5% ao ano. 

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