Brasil está preparado para aproveitar ciclo de expansão, diz ministro

  • Agência Brasil

O Brasil está preparado para aproveitar o ciclo de expansão que se projeta para a economia mundial nos próximos anos. Na opinião do ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Mauro Borges, os investimentos que têm sido feitos em infraestrutura e logística ajudarão o país a “aproveitar a janela de oportunidades” que deverá aparecer na medida em que os efeitos da crise financeira mundial, iniciada em 2008, comecem a perder fôlego.

Borges disse que o Brasil está conseguindo sair da crise, mantendo o nível de pleno emprego. “Temos condições estruturais para estarmos bem preparados para o novo ciclo de expansão mundial. (...) A gente endereçou o que está escrito na Constituição, que é a construção do bem estar no Brasil. Foi dessa forma que conseguimos enfrentar esse desafio no período [de crise mundial]. Muito diferente do que foi feito em outros países”, disse o ministro.

“Agora a questão é como aproveitar a janela de oportunidades a partir dos investimentos em infraestrutura”, acrescentou ele durante o seminário Brasil Novo – Discussões para a Construção de uma Agenda Positiva no Congresso Nacional, que ocorre na Câmara dos Deputados.

Segundo Borges, a política adotada pelo governo nesse meio tempo foi a de "evitar que o país entrasse em recessão". Ele lembrou que foram necessários dez anos para que a Crise de 1929, nos Estados Unidos, fosse superada. “A crise atual já tem seis anos, e somos um dos poucos países que estão saindo ilesos da crise. Do ponto de vista do que foi essa crise, o Brasil saiu sem entrar em recessão”, argumentou.

O ministro também lembrou que, no âmbito do comércio exterior, o Brasil, como membro do Mercosul, vem trabalhando em um acordo comercial para incrementar o intercâmbio de bens e serviços entre o bloco latino-americano e a União Europeia. Ele acredita que um esboço do acordo deve estar pronto até o meio do ano.

Segundo o ministro, a média de crescimento do país nos últimos anos tem sido pequena, mas, acrescentou ele, “em nenhum momento, a indústria brasileira entrou em crise”.