Conheça os gastos para empregado e empregador doméstico com o novo salário mínimo

Em janeiro de 2013, o salário mínimo será de R$ 678, conforme anuncio do governo. O reajuste bruto será de R$ 56 em relação ao valor anterior de R$ 622. Para entender como esses números influenciam a vida das pessoas, o Portal EBC realiza comparativos com o reajuste em relação a situações cotidianas.

Em uma das  matérias, você acompanhou o que o aumento real do salário mínimo poderia comprar de uma cesta básica.  Agora, vamos considerar os gastos para os empregados e empregadores domésticos.

O empregado doméstico que ganha um salário mínimo e tem todos os benefícios (INSS, FGTS e vale transporte) receberá R$ 583,08 após descontadas todas as taxas.

Do valor de R$ 678,00, é descontado do contra-cheque sua contribuição para a previdência social (8% para o INSS) e os 6% referentes ao vale transporte . Em outras palavras, o empregado doméstico receberá,  no final do mês, apenas 86% do salário mínimo. (Não há abatimento do Imposto de Renda por estar na faixa de isenção).

Em contrapartida, caso o empregador opte por pagar o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), que ainda é opcional, o seu gasto total com o empregado doméstico seria de, no mínimo, R$ 813,60. Nesses cálculos, consideram-se os 12% da sua parte do INSS e os 8% do recolhimento do FTGS. Assim, o empregador gastaria 20% a mais do valor do novo salário mínimo. (O valor não considera os gastos com vale transporte, pois dependem do deslocamento e preço das passagens locais).

Na situação apresentada, a diferença entre o que um empregado recebe e o que o empregador paga é de R$ 230,52, ou seja, o equivalente a 34% do salário mínimo.