LAR pede mais 30 dias para pagamento a fornecedores por greve de caminhoneiros

Cooperativa com unidades em Dourados diz ter sofrido impacto imediato pela parada das indústrias durante seis dias, o que travou a geração de faturamento por impossibilidade logística

Paralisação nacional dos caminhoneiros afetou funcionamento da cooperativa, segundo seu diretor-presidente (Foto: Eliel Oliveira)
Paralisação nacional dos caminhoneiros afetou funcionamento da cooperativa, segundo seu diretor-presidente (Foto: Eliel Oliveira)

A LAR Cooperativa Agroidustrial solicitou aos seus fornecedores prazo de mais 30 dias para quitar contas que venceriam na segunda-feira passada, dia 4 de junho, além daquelas referentes às compras realizadas a partir de então. Seu diretor-presidente, Irineo da Costa Rodrigues, argumenta que a paralisação nacional dos caminhoneiros teve impacto imediato pela parada das indústrias durante seis dias, o que travou a geração de faturamento por impossibilidade logística. 

“Acreditamos que todos os fornecedores parceiros da LAR, prontamente atenderão esta demanda, visando fortalecer o trabalho conjunto que visa ampliar sempre as oportunidades a partir do crescimento e fortalecimento das cadeias produtivas que temos investido fortemente nas últimas décadas”, consta na carta assinada dia 1º de junho.

Segundo o documento, a paralisação nacional, “além do impacto imediato pela parada das indústrias por 6,5 dias, e não geração de faturamento no período da greve, por impossibilidade logística, trará ainda impactos fortes sobre o desempenho de toda cadeia de aves e suínos alojada, que sofreu intensamente com as limitações de alimentação no decorrer da greve em razão dos movimentos grevistas que impediram a circulação livre nas estradas para chegarmos aos produtores integrados”.

No dia 23 de maio, a cooperativa já havia anunciado a suspensão do abate de 615 mil aves e industrialização de outras 80 toneladas de produtos. Isso “em razão da greve do setor de transportes na região onde estão localizadas as suas indústrias de abate e industrialização de produtos de frango, bem como nas rodovias pelas quais precisam transitar caminhões e containers para dar destino a produção e também receber os insumos necessários para o processo industrial”.

“Mesmo respeitando o direito de manifestação, sem fazer julgamento de legitimidade ou legalidade deste movimento, a LAR ressalta o seu dever de cumprir com obrigações que tangem a manutenção do bem estar animal, o que envolve manter alimentação para um plantel de mais de 20 milhões de aves e 300 mil suínos, alojados em mais de 1000 propriedades, que tem sua dedicação diária focada na produção de aves e suínos”, pontuou na ocasião.

Em Dourados, a cooperativa mantém a unidade regional numa sala comercial na Avenida Marcelino Pires, e no distrito de Indápolis, onde funciona a operacional, além de Itahum. Em Mato Grosso do Sul, a Lar também atua nos municípios de Antônio João, Amambai, Aral Moreira, Bonito, Douradina, Rio Brilhante, Laguna Carapã, Maracaju, Ponta Porã, Sete Quedas, e Sidrolândia.


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