Quilo da carne de segunda subiu mais de R$ 5,00 em Dourados, revela Procon

Em Dourados no final de novembro, ministra da Agricultura disse que “os preços não serão mais os preços praticados há dois meses atrás”

Procon de Dourados só analisou preço da carne de segunda (Foto: Reprodução/Famasul)
Procon de Dourados só analisou preço da carne de segunda (Foto: Reprodução/Famasul)

Pesquisa de preços de 29 produtos que compõem a cesta básica realizada em 10 supermercados de Dourados pelo Procon (Programa Municipal de Proteção e Defesa do Consumidor) confirma que alta no valor pago pela arroba do boi gordo ocasionada pelo aumento das exportações fez subir o preço do quilo da carne para os consumidores finais.

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No levantamento feito nesta segunda-feira (2), foi apurado que carne bovina de segunda tem o quilo comercializado a preços que variam de R$ 13,95 a R$ 25,99. Em outubro, essas cifras eram de R$ 10,98 e R$ 20,99, e em setembro, o quilo da paleta mais barato era vendido a R$ 9,90 e o maior custo não passava de R$ 19,90.

No dia 25 de novembro, durante evento em Dourados, a ministra Tereza Cristina, nomeada pelo presidente da República Jair Bolsonaro para comandar o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, sugeriu que o Brasil, maior exportador de carne bovina do mundo, pode importar o produto para equilibrar os preços de mercado.

Ao ser questionada sobre a alta do preço da carne bovina no mercado interno justamente quando os internacionais abrem as portas para a produção brasileira, ela afirmou que esse é um momento passageiro de equilíbrio, mas ressaltou que “os preços não serão mais os preços praticados há dois meses atrás”.

“Tem que lembrar quanto tempo a arroba do boi ficou parada. Ninguém falava que estava barato demais. O produtor rural aguentou muitos anos. Isso é um momento de equilíbrio dessa cadeia produtiva. A cadeia vive um momento de euforia, mas já já esse mercado vai se equilibrar. Mas com certeza eu acho que essa euforia não continua. É um momento de ajuste da carne brasileira. O Brasil é grande exportador, mas também pode importar carne, se precisar, para dar equilíbrio ao mercado”, sugeriu. (relembre)

CESTA BÁSICA

Diferença de preços da cesta básica entre supermercados pode chegar a quase R$ 50,00 (Foto: André Bento)
Diferença de preços da cesta básica entre supermercados pode chegar a quase R$ 50,00 (Foto: André Bento)

Considerando os 29 itens que compõem a cesta básica, o Procon de Dourados apurou que o valor global dos produtos teve aumento de 3,76% em relação à pesquisa do mês de novembro de 2019.

Mesmo assim, detalha que consumidores dispostos a pesquisar podem ter economia de quase R$ 50,00 caso andem pouco mais de 200 metros. Essa é a distância entre os estabelecimentos com maior variação de preços, de 39,7%.

A cesta básica mais cara, de R$ 172,45, foi encontrada num estabelecimento localizado na Avenida Marcelino Pires, próximo ao Terminal Rodoviária Renato Lemes Soares, enquanto a mais barata, de R$ 122,67, é vendida em outro comércio instalado na Rua Oliveira Marques, Vila Maxwell. Nesse caso, a economia possível é de R$ 49,78. 

Comentários
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  • VANDERLEI

    VANDERLEI

    Agora o Brasil tá entrando nos eixos, cada um no seu lugar. Do jeito que estava antes ATÉ POBRE TAVA COMENDO CARNE! Era pobre de carro novo, casa e mobiliário novo! Viajando até de avião! Agora é o Brasil acima de tudo e os Ricos acima de todos

  • Ana Claudia

    Ana Claudia

    Muito mais que R$5,00!!!
    Isso é uma vergonha, tenho que deixar de comer carne por que a ministra quer importar carne para fora e nós brasileiros comendo os restos e num valor absurdo!!!