Safra recorde de milho tem aumento de 64% e fecha em 12,16 milhões de toneladas

  • Assessoria/Semagro
Safra recorde de milho tem aumento de 64% e fecha em 12,16 milhões de toneladas (Foto: Arquivo/Agência Brasil)
(Foto: Arquivo/Agência Brasil)

As lavouras continuaram surpreendendo até o final da colheita do milho em Mato Grosso do Sul, que foi bem maior que as projeções iniciais. Com aumento de 19,88% na área plantada de um ano para outro, as boas condições do tempo provocaram uma alta significativa na produtividade que fechou em 12,16 milhões de toneladas, 64,39% maior que o volume colhido na safra anterior (7,84 milhões de toneladas). Com isso, Mato Grosso do Sul se consagra como o terceiro maior produtor nacional de milho na safra 2018/2019.

Os dados são do Projeto SIGA/MS, o Sistema de Informação Geográfica do Agronegócio, implantado pela Semagro (Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar) em parceria com entidades de produtores rurais. Além do aumento da área, o que contribuiu decisivamente para a safra recorde foi a produtividade, estimada em 88 sacas por hectare, mas que atingiu 93,24 sacas/ha, a melhor performance já registrada no Estado.

“Isso é importante quando estamos procurando aumentar a industrialização, focando na expansão da suinocultura, da avicultura, na implantação de fábricas de DDG (Dried Distillers Grains, ou seja, grãos secos de destilaria). Mato Grosso do Sul se tornou referência como grande produtor de milho e passa a atrair investimentos para agregar valor a esse produto”, analisou o secretário da Semagro, Jaime Verruck.

O bom desempenho das lavouras resulta da combinação de fatores: semeadura dentro da janela adequada e condições climáticas ideais para o desenvolvimento da lavoura. A ocorrência de geadas em julho não chegou a afetar significativamente porque a cultura já estava em fase de maturação. Provocou apenas danos isolados e específicos, cita o boletim do SIGA/MS. “O produtor usou tecnologia e nem a geada no fim do ciclo causou danos graves”, disse Verruck.

Com a alta do dólar – que se mantém há dias acima de R$ 4 –, os impactos da febre suína asiática e desentendimentos comerciais entre os Estados Unidos e a China sustentam o preço da commodity elevado. Portanto, a tendência é de continuar crescendo a área do milho no Estado, o que pode levar a outra safra recorde no ano que vem, como preveem os técnicos do Projeto SIGA/MS.

O secretário cita, ainda, a flexibilização da paridade para exportação adotada pelo governo do Estado como “medida fundamental” para sustentar o preço do milho no mercado interno, favorecendo o produtor. “Além disso, o governo está atuando firme na manutenção das estradas e pontes para que essa safra seja escoada”, completou.


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