Corinthians pede ajuda para pagar o Itaquerão

  • Diário de São Paulo
Roberto conseguiu convencer 26 parceiros a bloquearem camarotes do Itaquerão (Daniel Augusto/Ag.Corinthians)
Roberto conseguiu convencer 26 parceiros a bloquearem camarotes do Itaquerão (Daniel Augusto/Ag.Corinthians)

“A conta do estádio chegou e vocês estão aqui para me ajudar a pagar.” Com essa frase, o presidente do Corinthians, Roberto de Andrade, abriu um evento para 900 empresários e publicitários na noite de quinta-feira, pouco antes do jogo contra o San Lorenzo, no Itaquerão.

O encontro serviu para apresentar a arena alvinegra a gente com dinheiro e tentar alavancar a venda de camarotes e cadeiras. A iniciativa funcionou, porque 26 camarotes, com capacidade para 12 pessoas cada, foram reservados naquela noite — até ontem, oito foram vendidos por um ano, ao preço de R$ 340 mil cada. Outros 12 haviam sido comercializados anteriormente, restando 69.

Andrade ainda explicou aos convidados toda a operação financeira do Itaquerão, admitindo que a falta de receita com bilheteria tem dificultado a vida do clube — as arrecadações com jogos vão para um fundo do estádio, que pagará o financiamento de R$ 400 milhões.

Além dos camarotes, o Timão tentou vender aos 900 endinheirados alguma das propriedades na camisa. A publicidade na manga da camisa custa R$ 10 milhões, no omoplata sai por R$ 6 milhões e na parte de trás do calção, por R$ 3 milhões.

Pechincha liberada

Atrás de receitas, o Timão pôs uma equipe de vendas de plantão no Itaquerão. Tanto camarotes quanto os espaços publicitários na camisa podem ser pagos em suaves prestações. O preço também é negociável.

Vida de deputado

Andrés Sanchez era a principal figura do evento no estádio alvinegro, na quinta. Porém, ele chegou quase no fim. “Desculpe o atraso, mas, infelizmente, virei deputado e não consegui chegar antes”, justificou.

Dinheiro fácil

O recorde de público do Itaquerão fez bem a quem nada teve a ver com o 0 a 0 de Corinthians e San Lorenzo. A Conmebol levou R$ 332 mil e a FPF ficou com R$ 166 mil, que equivalem a 10% e 5% da renda, respectivamente.

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