Judocas trilham caminho de conquistas e representam MS com apoio do Governo e MSGÁS

Programas do Governo investiram R$ 4 milhões no esporte na atual temporada; já MSGÁS destinou R$ 1,5 milhão para, além do esporte, cultura e ações sociais

  • Assessoria/GovernoMS
Ana Demarco com a medalha nas mãos ao lado do governador Eduardo Riedel, que ganhou uma foto autografada de presente da judocae (Foto: Saul Schramm/Divulgação)
Ana Demarco com a medalha nas mãos ao lado do governador Eduardo Riedel, que ganhou uma foto autografada de presente da judocae (Foto: Saul Schramm/Divulgação)

Com firmeza ela se aproxima do dojô. De pés descalços e ainda firmes ela sobe e caminha sobre os tatames até o local específico onde para, encara a adversária com a frieza de quem quer ser campeã, mas a cumprimenta com um ritsu-rei - saudação japonesa - digno da tradição dos grandes judocas, onde o respeito e disciplina estão acima.

O judô corre nas veias de Ana Clara Demarco desde os cinco anos de idade, quando deu seus primeiros passos em um tatame. E assim já são 11 anos - onde a descrição do primeiro parágrafo se encaixa perfeitamente - de dedicação ao esporte, que conquistou a família e agora rende vitórias saboreadas, uma a uma.

"Vou querer um autógrafo seu, para quando você se tornar campeã mundial eu já ter algo comigo", pediu o governador Eduardo Riedel à jovem atleta, que com apenas 16 anos respondeu um tanto quanto incrédula: "é para assinar mesmo?". "Claro, não é brincadeira não", devolveu o governador, ganhando além do autógrafo um satisfeito sorriso da atual campeão do Meeting Nacional Sub-18, em visita à governadoria.

Ana Demarco não está sozinha no judô. Sua primeira referência na modalidade foi o próprio irmão, o mais velho entre três, o também judoca José Marco. A irmã do meio, Milena, seguiu os mesmos passos, formando um trio que hoje é íntimo das conquistas e que em momentos distintos garantem seu espaço entre os melhores.

Por trás dessa e outras histórias existe uma estrutura que conta com o apoio do Governo de Mato Grosso do Sul e da MSGÁS, empresa estatal que desde 2016 investiu mais de R$ 1,5 milhão em iniciativas esportivas, culturais e sociais. Já o Governo, via Bolsa-Atleta e Bolsa-Técnico, garantiu R$ 4 milhões apenas na atual temporada.

"Sem dúvida é um grande apoio para todos os atletas, e eu como pai de três deles reconheço que tanto o Bolsa-Atleta como o apoio da MSGÁS é um incentivo muito bom para eles estarem indo nas viagens, cobrindo as despesas que são altas. Isso dá um ânimo para toda a equipe", frisa Marco Demarco, pai do trio Ana, Milena e José.

Até aqui, um dos pontos altos da carreira de Ana Clara veio no começo do mês: medalha de ouro na categoria até 63 kg do Meeting Nacional Sub-18, realizado no ginásio Guanandizão, em Campo Grande, e que garantiu a ela vaga na Copa Europeia de Cadetes, que ocorrerá na capital croata Zagreb, nos dias 11 e 12 de março. Além disso, a judoca é a primeira do ranking nacional em sua categoria.

Pensando no hoje e no amanhã

"Como eu estou? Bastante ansiosa. Tenho treinado bem forte para essa competição, pois minha maior meta lá na Croácia é trazer uma medalha para Mato Grosso do Sul", explica Ana Clara Demarco, que defende a Associação Desportiva Moura, uma das entidades que recebe o apoio da MSGÁS, desde 2022, somando investimento de R$ 120 mil.

O recurso é fundamental, não apenas para ela, mas para toda a equipe na busca de melhor rendimento, não apenas nas competições locais, mas nas disputas fora do Estado, onde a equipe Moura representa todo o Mato Grosso do Sul. Além de Ana, Milena e José Marco também são atletas da Moura e são beneficiados pelo Bolsa-Atleta. Já o sensei deles, Marco Aurélio Moura, é um dos beneficiários do Bolsa-Técnico.

"É muito gratificante ver esses resultados. Trouxemos para a MSGÁS essa ideia de apoiar instituições locais aproveitando programas de incentivo fiscal e isso se tornou em uma ideia vencedora. Temos apoiado institutos de dança, música, vários outros além do judô, do esporte", explica diretor-presidente da MSGÁS, Rui Pires dos Santos.

Rui também explica que o dispositivo de incentivo fiscal é um investimento de parte do imposto de renda a ser pago pela empresa, conforme limite legal, em ações sociais, culturais e esportivas que estejam aptas para receber tal aporte. Além de entidades não governamentais, a Fundesporte (Fundação do Desporto e Lazer de Mato Grosso do Sul) também recebeu apoio da MSGÁS para desenvolver ações na área.

"Com certeza ter atletas de Mato Grosso do Sul nessa competição é importante, muito. É fruto de um trabalho de muitos anos, desde implantação do Bolsa-Atleta e Bolsa-Técnico, e a entrada da MSGÁS fez toda a diferença e foi decisiva para a conquista do ouro no meeting e outros bons resultados", frisa o secretário de Turismo, Esporte, Cultura e Cidadania de Mato Grosso do Sul, Marcelo Miranda.

Caminho para o alto rendimento

O dia a dia dos atletas que começam a se destacar no esporte é duro. Se em um período precisam se dedicar à escola ou trabalho, no contraturno o foco no esporte passa a ser primordial para definir o quão longe aquela pessoa vai conseguir ir na modalidade.

"Esse apoio que recebemos nos ajuda bastante em questões como fisioterapia, nutrição, a cuidar de toda a nossa parte física. São custos que, na vida de um atleta, são importantes. Ter como financiar isso é um diferencial", frisa Ana Clara.

Já Marco Moura, em suas décadas na 'arte do caminho suave' viu diante de seus olhos nascerem talentos diversos, muitas vezes mal aproveitados pela falta de apoio, panorama ao qual o trabalho do Governo tenta mudar.

"Esse apoio é de fundamental importância. O Marcelo Miranda nos auxiliou bastante enquanto esteve na Fundesporte, nos conduziu até o projeto da MSGÁS, e o Rui vendo a importância do esporte é um visionário também, destinando parte dos recursos do projeto para o judô. Graças à Deus conseguimos melhorar muito os resultados, pois esse apoio traz melhora, mais qualidade para os atletas", diz Moura.

Situações como dormir em hotéis e ter transporte adequado, que são básicas, passaram a ser possíveis. "A vida inteira a gente dormiu em academia de amigos, no que chamamos de hotel-tatame. A gente dormia em tatame e ia competir assim. O rendimento é outro. Com esse recurso, agora a gente chega perto do esporte profissional, dando condições ao atleta ter um rendimento ideal", completa o sensei.

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