BR-163 terá pedágio a R$ 4,38 em MS; CCR arrematou trecho

Rodovia será administrada pela concessionária pelos próximos 30 anos

  • Redação

O grupo CCR venceu nesta terça-feira (17) o leilão de concessão do trecho sul-mato-grossense da BR-163 e administrará a rodovia por 30 anos a partir de março de 2014.

A CCR ofereceu uma tarifa de pedágio de R$ 4,38 por cem quilômetros, um desconto de 52,7% em relação aos R$ 9,27 estipulados como teto no edital. A segunda melhor proposta -- de R$ 5,17 -- foi apresentada pelo Consórcio Rota do Futuro, liderado pela empresa Ecorodovias Infraestrutura e Logística.

Também participaram da concorrência a Construtora Queiroz Galvão, a Invepar, a Odebrecht e a Triunfo. O leilão aconteceu na sede da Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo), em São Paulo.

Controlada pela Andrade Gutierrez, pela Camargo Corrêa e pela Soares Penido, a CCR administra atualmente 2.437 quilômetros de rodovias nos Estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Paraná. Entre essas rodovias, está a Dutra, que liga São Paulo e Rio.

O grupo também participa do consórcio que venceu em novembro o leilão de concessão do aeroporto internacional de Confins, em Minas Gerais.

No Mato Grosso do Sul, a BR-163 cruza 20 municípios, inclusive a capital Campo Grande, e possui uma extensão de 847,2 quilômetros. O edital prevê a instalação de nove praças de pedágio ao longo do trecho.

A estrada é uma importante via para o escoamento da produção agrícola do Centro-Oeste, sobretudo da soja, para os portos de Santos (SP) e Paranaguá (PR) e terá de ser duplicada.

O edital prevê que a concessionária terá de investir R$ 6 bilhões ao longo de 30 anos, sendo R$ 3,5 bilhões nos primeiros cinco anos. A CCR diz contar com recursos próprios e com financiamento do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) para realizar os investimentos.

A CCR terá de recuperar, realizar melhorias, duplicar, ampliar a capacidade e fazer a conservação da rodovia. Dois longos trechos terão de ser duplicados -- da divisa com o Mato Grosso até Vila Vargas e de Campo Grande até a divisa com o Paraná-- perfazendo 806,3 quilômetros.

Na edição desse ano da pesquisa da CNT (Confederação Nacional do Transporte) sobre as rodovias do país, o estado geral da BR-163 é considerado regular. Esse conceito resulta de três avaliações: do pavimento, da sinalização e da geometria.

O pavimento da BR-163 no Mato Grosso do Sul é considerado bom, mas a sinalização é regular e a geometria é avaliada como ruim.

A avaliação da geometria considera quatro aspectos: a combinação entre tipo de rodovia e condição de pontes e viadutos; a combinação entre perfil da rodovia, faixa adicional de subida e condição da faixa adicional; a combinação entre curvas perigosas e condição das curvas; e ocorrência ou não de acostamento.

*Com informações do Uol