Conselho solicita à Polícia Civil ação especial de combate aos furtos de fios da rede de energia

Volume de energia furtada na área de concessão da Energisa de Mato Grosso do Sul seria suficiente para abastecer uma cidade como Corumbá por um mês

  • Redação com Cocen-MS
Foto: Marcello Casal Jr./Agência Brasil
Foto: Marcello Casal Jr./Agência Brasil

A presidente do Conselho dos Consumidores da Área de Concessão da Energisa MS, Rosimeire Costa, esteve na tarde desta segunda-feira, 20 de setembro, com o delegado-geral da Polícia Civil de Mato Grosso do Sul, Adriano Garcia Geraldo e delegada-geral adjunta,Rozeman Geise Rodrigues de Paula, ocasião em que protocolou uma carta solicitando “especial combate aos furtos de cabos da rede de energia elétrica de Mato Grosso do Sul”. No caso do furto de fios da rede de energia, além  dos graves riscos de acidente, o prejuízo também recai sobre o consumidor nos reajustes tarifários anuais (RTAs), computado como “perdas não técnicas”.

“Embora seja um crime de menor potencial ofensivo, esperamos que as ações da Polícia Civil, que já ocorrem por meio de operações, sejam intensificadas. É importante que as pessoas registrem boletim de ocorrência para que a Polícia possa mapear a ação dos criminosos”, alerta Rosimeire.

As ações dos criminosos vêm sendo registradas por câmeras de segurança de moradores vizinhos de obras e também de residências desocupadas, que estão para locação, por exemplo. Também têm como alvo o poder público, com furtos de tampas de bueiros,  de fios usados em semáforos, além de lixeiras e outros itens de metal.

O Concen ressalta que o valor de mercado dos metais, em especial do cobre, é um chamariz para envolvidos nos crimes, por isso é preciso atuar junto aos receptadores e identificar toda a cadeia envolvida no crime até a ponta, ou seja, quem absorve o material produto de fruto.

Além do furto de fios, o consumidor também arca com as perdas geradas pelo furto de energia elétrica, que para o processo de RTA de 2021 somou R$ 48,9 milhões, sem contar incidência de impostos. O volume de energia furtada  na área de concessão da Energisa de Mato Grosso do Sul seria suficiente para abastecer 107 mil residências por um ano, ou uma cidade como Corumbá por um mês.

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