Deputado Marçal vai promover audiência para ajudar CPI da Energisa

  • Redação 94 FM
Marçal tem acompanhado a CPI, mas até onde pode, já que as reuniões passaram a ser sigilosas - Luciana Nassar
Marçal tem acompanhado a CPI, mas até onde pode, já que as reuniões passaram a ser sigilosas - Luciana Nassar

O deputado estadual Marçal Filho (PSDB) vai promover uma audiência pública com os parlamentares que compõem Frente Parlamentar para apresentar o que já foi apurado pela CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) que investiga a concessionária Energisa. A Comissão iniciou as investigações no final do ano passado. Segundo o deputado, é preciso que seja feita prestação de contas à população. Grande parte dos consumidores sul-mato-grossenses teve preços elevados em suas contas de energia elétrica no fim de 2018 e início de 2019.

Marçal Filho não faz parte da CPI da Energisa, apesar de ter pedido para participar. São cinco membros, sendo Felipe Orro (PSDB) presidente, Barbosinha (DEM) como vice-presidente, Capitão Contar (PSL) na relatoria, e Renato Câmara (MDB) e Evander Vendramini como membros titulares. Evander assumiu na semana passada a vaga do deputado João Henrique Catan (PL), que abriu mão de sua participação na Comissão alegando "dificuldade da CPI em realizar apurações". Como Marçal Filho também é do PSDB, o regimento interno da Assembleia não permite dois membros do mesmo partido como parte da Comissão.

“A CPI está em andamento, mas as pessoas não estão ouvindo falar sobre ela. Precisamos dar explicações à população, com uma audiência pública. É preciso esclarecer o que vem sendo apurado, mas principalmente se está dando resultado", diz Marçal Filho, que ainda irá agendar o evento para as próximas semanas.

A primeira oitiva de testemunha sobre supostas irregularidades nas contas emitidas pela Energisa foi realizada na quarta-feira passada, dia da semana em que a Comissão se reúne. Foi ouvido um tecnólogo em eletrotécnica industrial que emitiu o parecer técnico que embasou o fato determinado da instauração da CPI na Assembleia. A pedido da Comissão, o depoimento foi coletado sob sigilo e não será detalhado.

Marçal tem acompanhado a CPI, mas até onde pode, já que as reuniões passaram a ser sigilosas. "Precisamos dar uma resposta aos consumidores que viram os valores de suas contas de energia subirem demais nos últimos dois anos. Até agora a única explicação dada pela concessionária foi de que o calorão provocou aumento de consumo, mas não podemos aceitar essa resposta genérica, já que em grande parte do país o calor foi intenso e Mato Grosso do Sul foi um dos poucos penalizados", justifica o parlamentar.

Para contribuir com os trabalhos de investigação, Marçal solicitou ao presidente da CPI Felipe Orro a realização de audiências em várias cidades, para ouvir representantes da defensoria pública, do ministério público, OAB, representantes do comércio e da indústria, além da população em geral. No entanto, uma resposta ainda não foi confirmada.

A Energisa atende 74 das 79 cidades de Mato Grosso do Sul e segundo o deputado, é justo que os trabalhos sejam descentralizados de Campo Grande. "Os altos valores da energia elétrica têm afetado a todos e precisamos ouvir os diferentes segmentos da sociedade", justificou o deputado, que desde o ano passado está empenhado em encontrar respostas sobre os motivos que fazem as contas dispararem.


Comentários
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  • toninho

    toninho

    De 2018 para cá não mudou nada a conta de ergia vem pela hora da morte uso lolar no chuveiro tenho um ar na residencia e moro sozinho e pago nada menos que 450.00 reias por mês não temos o que fazer a nao ser pagar a conta aos BACANAS.