Em fim de ano violento, ação da PM termina com a morte de sete pessoas

Desde o dia 24 de dezembro, sete pessoas morreram em intervenções da Polícia Militar na Capital, seis das vítimas eram suspeitos de crimes e reagiram durante as abordagens, a sétima, identificada como Wendel Lucas dos Santos, de 23 anos, foi atingido por uma bala perdida e morreu depois de dar entrada no hospital.

Para o coronel Marcos Paulo, comandante do Batalhão de Polícia Militar de Choque, as ações mostram o aumento do efetivo da polícia na rua. Em uma semana com as novas viaturas, que foram alugadas para reforçar a frota da segurança pública no Estado, o Batalhão de Polícia Militar de Choque recuperou seis veículos furtados e roubados, apreendeu quatro armas, uma delas de uso exclusivo das forças armadas e prendeu dez pessoas.

Em cada caso, além da ação da polícia, reforça o militar, se destaca também a violência com que os bandidos abordavam e roubavam as vítimas.

“No primeiro caso, uma senhora de 69 anos foi arrancada do carro depois de ter a arma apontada para a cabeça. Na conveniência da Avenida Coronel Antonino a vítima foi ameaçada com uma arma na cabeça para passar o dinheiro e no dia 27 um jovem foi morto”, lembra o coronel.

Ainda conforme o comandante, toda ação militar deve ser baseada em três princípios básicos: necessidade, legalidade e proporcionalidade. “O policial tem que analisar o critério da ação, se observar, em todas as mortes os bandidos estavam armados e partiram para cima do policial. Isso não justifica as mortes, policial não sai para matar ninguém, mas também não pode morrer”, destaca.

Segundo Marcos Paulo, todos os casos serão investigados pela Polícia Civil e também pela Corregedoria da Polícia Militar, responsável pela correção e controle das ações militares. Com o fim dos inquéritos o caso é encaminhado para o Ministério Público.