Em protesto, bolivianos pedem 2º turno e fecham fronteira com Corumbá

  • Redação 94 FM
Manifestantes bolivianos estão na ponte que separa Brasil e Bolívia - Foto: Diário Corumbaense
Manifestantes bolivianos estão na ponte que separa Brasil e Bolívia - Foto: Diário Corumbaense

Lideranças políticas da Província de German Busch, na Bolívia, mantém fechada a fronteira entre a cidade sul-mato-grossense Corumbá e as cidades de Puerto Quijarro e Puerto Suárez,  do país vizinho,  até que se decida pela realização de segundo turno por causa de suspeita de fraude na eleição presidencial. 

A apuração online do Tribunal Supremo Eleitoral (TSE) dá a vitória ao presidente boliviano, Evo Morales, sobre o opositor Carlos Mesa, no primeiro turno das eleições realizadas no domingo passado, após a apuração de 99,81% dos votos.

As denúncias de fraude surgiram após um primeiro resultado do sistema de apuração rápida (TREP), sobre 84% dos votos, que indicava um segundo turno entre Morales e Mesa. Após a divulgação destes números, o sistema foi paralisado durante muitas horas e retornou indicando uma vitória direta do presidente.

Morales se declarou na quinta-feira vencedor das eleições em entrevista coletiva, mas admitiu a possibilidade de disputar um segundo turno, caso o resultado final do TSE assim o determinasse, o que  não ocorreu.

A União Europeia (UE) somou-se na quinta-feira ao pedido da Organização dos Estados Americanos (OEA) para que se realize um segundo turno entre Morales e Mesa, visando restabelecer a confiança no processo eleitoral. O governo brasileiro também não reconhece a vitória de Evo Morales. 

Bloqueio

Manifestantes colocaram um caminhão para impedir a passagem na ponte que delimita o território de Corumbá e as cidades vizinhas na Bolívia. Conforme o Diário Corumbaense,  veículos não passam pelo local, apenas pedestres. O comércio do país vizinho só está abrindo no período da manhã.  Um greve geral foi instalada na Bolívia. 


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