Entrevista exclusiva da 94FM. Sinta a frieza na voz do maníaco da cruz

O repórter Bronka fez a entrevista em 2008 quando ele foi preso em Campo Grande

  • Redação

O repórter Bronka entrevistou em 2008, com exclusividade, o jovem Dhionathan Celestrino, de 21 anos, que ficou conhecido como Maníaco da Cruz.

Ele ganhou o apelido quando tinha  ainda 16 anos, por causa de uma característica peculiar nos crimes que cometeu em 2008. Dhionathan deixou os corpos de suas três vítimas em posição de cruz.

Ele fugiu da  Unidade Educacional de Internação (Unei), em Ponta Porã no domingo, ao estourar a grade da cela em que estava.

A pedido do Ministério Público Estadual (MPE), o jovem foi interditado em 2011 e a Justiça, com base avaliação de psiquiatras forenses, que o consideraram psicopata, determinou a internação compulsória do rapaz em hospital psiquiátrico. Por isso e como ele já “pagou” pelas três mortes que cometeu, o maníaco não poderá voltar para uma Unidade Educacional de Internação (Unei) e muito menos ir para um presídio.

“Se ele for encontrado, será um problema. A Justiça determinou que o Estado se responsabilizasse pela internação dele e nada foi feito até agora. Se o acharem, no Mato Grosso do Sul não haverá onde colocá-lo e fora daqui, pelo que consta até agora, também não”, explicou o defensor público Pedro Paulo Gasparini, que cuida do processo de interdição contra o Maníaco da Cruz.

Mortes

Ele matou a primeira pessoa no dia 2 de julho, no caso, o pedreiro Catalino Gardena, que era alcoólatra.

A segunda vítima foi a frentista Letícia Neves de Oliveira, encontrada morta em um túmulo do cemitério do município, no dia 24 de agosto. A terceira e última vítima foi Gleice, encontrada morta seminua em uma obra, no dia 3 de outubro. Próximo ao corpo dela o rapaz deixou um bilhete com várias cruzes e letras soltas que, dentre as possibilidades, formava a palavra inferno.

No quarto do adolescente foram encontrados posters do Maníaco do Parque e de um diabo.Havia também revistas pornográficas, CDs, um envelope de cor azul, dentro do qual havia um papel com nome das vítimas, escrito em vermelho, três jornais com reportagens sobre os assassinatos e pertences das vítimas, como roupas e celulares.