Fazendeiros continuam com leilão para financiar combate aos índios na luta por terras em MS

Aproximadamente 800 cabeças de gado foram arrecadadas para serem leiloadas

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Apesar das negociações do governo Federal para solucionar os conflitos entre indígenas e fazendeiros em Mato Grosso do Sul, os produtores rurais vão manter a realização do Leilão da Resistência. De acordo com o presidente da Acrissul (Associação de Criadores de Mato Grosso do Sul), Chico Maia, eles consideram o leilão um ato político.

O leilão tem a intenção de arrecadar verbas para financiar ações de produtores que estão com propriedades ocupadas ou que podem ser ocupadas por indígenas. “O recursos serão destinados para cada sindicato para que façam suas ações pontuais. Em Campo Grande o recurso será para imprensa, mídia, logística e algum tipo de segurança para os produtores. Os recursos serão usados para nossa proteção”, afirma.

Conforme o presidente da Acrissul, aproximadamente 800 cabeças de gado foram arrecadadas para serem leiloadas, além de grãos e animais de pequeno porte. Entre os convidados estão confirmadas a presença de pelos menos 15 representantes do Congresso Nacional, entre eles os deputados federais Ronaldo Caiado (DEM/GO) e Luis Carlos Heinze (PP/RS).

Para Maia, o leilão tem a intenção de conscientizar os produtores rurais e uni-los para todas as questões que envolvem a terra. “Ontem foram os sem terra, hoje sãos índios, amanhã podem ser os quilombolas, o pessoal do meio ambiente, as ONGs, carga tributária, trabalho escravo, ou seja, uma serie de situações que se apresentam contra nós. O campo deveria receber prêmio pelo bem que faz ao país”, acredita.

O leilão ocorrerá no próximo sábado (7), a partir das 13h, no Parque de Exposições Laucídio Coelho, em Campo Grande.