Maioria das mulheres não faz planos para aposentadoria

  • Correio do Estado

A preocupação demasiada com o presente, resultante de imposições socioculturais, torna a mulher despreparada para o futuro. O cuidado com a casa, com a família, a gerência das despesas; enfim, as atividades cotidianas são priorizadas por elas, o que ofusca os projetos, como o da aposentadoria. Essas observações estão presentes na pesquisa “A Nova Cara da Aposentadoria – Mulheres: equilibrando família, carreira e segurança financeira”, desenvolvida pela seguradora Aegon, parceira global da Mongeral Aegon no Brasil. Conforme o estudo, 31% das mulheres brasileiras não sabem sequer se estão no caminho certo para ter uma renda satisfatória quando aposentadas. O estudo foi realizado em 15 países com mais de 7 mil entrevistadas.

“As mulheres se dedicam mais ao curto prazo, com atividades que exigem respostas imediatas. Os homens são poupados dessa gestão doméstica”, nota Leandro Palmeira, assessor estratégico da presidência da Mongeral. Esse peso do cotidiano prejudica duplamente o processo de aposentadoria das mulheres: elas têm menos tempo para se preparar e não colocam a preocupação com o futuro financeiro entre suas prioridades.

Palmeira acrescenta que, em razão do papel social que desempenha, a mulher, ao se tornar mãe, reduz, muitas vezes, a jornada de trabalho. “Quando tem filho, abre mão do tempo integral. Trabalha período parcial para cuidar do filho”, observa. Acrescenta-se a essa situação a diferença histórica entre o salário médio das mulheres e dos homens.

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