Maníaco da Cruz reclama das condições precárias e subumanas

Além do arrependimento, o Maníaco da Cruz reclama do local onde vive, que não pega sol e por isso passa o dia sem fazer nada

  • Campo Grande News

Em uma cela disciplinar do IPCG (Instituto Penal de Campo Grande) e não na ala de saúde do Estabelecimento Penal de Segurança Máxima, conforme divulgado, Dionathan Celestrino, 21 anos, conhecido como Maníaco da Cruz, conta que vive em condições subumanas no presídio. Em conversas com agentes penitenciários e presos, o jovem, que foi condenado por ter matado três pessoas em Rio Brilhante quando era menor de 18 anos, pede uma oportunidade para mostrar que está diferente”.

“Ele diz que voltaram muita mídia sobre ele e que muitos presos, que estão lá, cometeram crimes mais graves e logo são soltos. Bem educado, ele diz muitas vezes que não quer fazer mal a ninguém, já que aquele foi um momento de desvio de conduta, ressaltando que se fosse um monstro, psicopata como dizem, já teria atacado alguém enquanto esteve foragido e até mesmo lá dentro”, afirma ao Campo Grande News uma fonte de dentro do presídio.

Além do arrependimento, o Maníaco da Cruz reclama do local onde vive, que não pega sol e por isso passa o dia sem fazer nada. “A Justiça está sendo injusta comigo, porque se fosse para matar, já teria feito isso novamente”, diz, considerando aquele um momento em que estava fora de si.

Hoje, lúcido e mais maduro, ele fala que nunca teria cometido tais crimes e que, caso continue dessa maneira, “vai ficar louco”, fala o jovem, dizendo ainda que o seu tratamento é “muito diferente do resto da massa carcerária”.

O jovem cometeu os crimes em 2008 e foi condenado a três anos de internação. No entanto, o MPE (Ministério Público Estadual) recorreu contra a sua soltura e a Justiça decretou a internação judicial do Maníaco da Cruz. Ele, no entanto, acabou ficando dois meses internado na Santa Casa de Campo Grande sob escolta policial.

O jovem só foi encaminhado ao presídio após a Justiça rever a decisão e determinar a permanência dele em uma ala de saúde do estabelecimento penal.