Manifestantes fecham 5 rodovias de MS contra reformas propostas por Temer

Manifestantes bloquearam, na manhã desta sexta-feira (31), pelo menos cinco rodovias federais de Mato Grosso do Sul contra as reformas propostas pelo presidente Michel Temer (PMDB): Reforma da Previdência, trabalhista e a terceirização.
Os bloqueios são confirmados pelas centrais sindicais na BR-060, na BR-262, e dois na BR-163. O primeiro, é na divisa entre Sidrolândia e Campo Grande, o segundo, na rotatória que dá acesso à ponte que liga Três Lagoas a São Paulo. O terceiro e o quarto, na BR-163, no “Papagaio”, em Mundo Novo a aproximadamente a 2 quilômetros da divisa com o Paraná e em Sonora, na divisa com Mato Grosso. A PRF (Polícia Rodoviária Federal) também confirmou bloqueio na BR-262, em Corumbá.
Os manifestantes são contra as mudanças que podem atingir a classe trabalhadora. Em Campo Grande, o dia começou com manifestação às 6h, em um canteiro de obras com aproximadamente 300 pessoas de diversos sindicatos e federações.
Em Sidrolândia, a presidente do sindicato dos professores Rosana Carvalho, informou que o protesto começou às 5 horas. As duas pistas estão fechadas e a PRF está no local. De Campo Grande a Sidrolândia o congestionamento já chega a quatro quilômetros. Alguns motoristas estão desistindo e retornando pela BR- 163.
Conforme a sindicalistas, o foco do protesto é principalmente projeto da terceirização. Também participam os sindicatos da Agricultura Familiar, Servidores Públicos, Serviço Social, Comércio, Professores. A previsão é que o bloqueio dure até às 10 horas.
Reformas
Pelo texto da reforma trabalhista, será permitido que o negociado entre sindicato e empresa prevaleça sobre o que está previsto na legislação. Com a reforma da Previdência (PEC 287/16), haverá uma série de mudanças na aposentadoria dos trabalhadores e principalmente, o tempo de contribuição.
Já com o projeto da terceirização (PL 4302/98), as empresas poderão terceirizar não somente as atividades fim, mas todo o processo de produção, ou seja, as atividades meio também. A prática é apontada pelos sindicatos e federações como prejudicial ao trabalhador com aumento da jornada de trabalho e diminuição dos salários.