Mantida prisão de suspeito de furtar várias vezes mesmo mercado

  • Assessoria/TJ-MS
Decisão é da Justiça de Campo Grande (Foto: Divulgação/TJ-MS)
Decisão é da Justiça de Campo Grande (Foto: Divulgação/TJ-MS)

Embora as audiências de custódia estejam suspensas desde o dia 30 de março na Capital, as pessoas detidas em flagrante delito continuam tendo suas prisões avaliadas pela autoridade judicial competente, a fim de que esta decida sobre a necessidade ou não de decretar a prisão preventiva até o julgamento. Dessa forma, nesta quinta-feira (2) foi apresentado ao juiz em plantão criminal e diretor do Fórum de Campo Grande, Flávio Saad Peron, o caso de um homem preso após praticar uma série de furtos em um mercado atacadista da região sul do município nos últimos dias.

Segundo relatado pelo vigilante do estabelecimento, por, pelo menos três vezes, o jovem maquinista de 25 anos, detido ontem no estacionamento do mercado, furtou a loja valendo-se do mesmo modo de operação. O rapaz sempre adentrava o local já com sacolas plásticas no bolso. Ele tomava um carrinho de compras e passava pelos corredores pegando produtos diversos e depositando-os já dentro dos sacos. O homem então se dirigia à fila de um caixa em que o último cliente fosse uma mulher. Com as sacolas a seu lado, ele aguardava a mulher ser atendida e pegar as compras dela para sair, momento em que ele também saía em seu encalço, como se estivesse a acompanhando, sem pagar por nenhum produto. Ainda para burlar o sistema de vigilância, o jovem segurava na mão o comprovante fiscal de uma compra qualquer, dissuadindo, assim, os fiscais de controle.

Na noite de ontem (1), porém, câmeras de vigilância já o identificaram desde o instante em que entrara no estabelecimento, de forma que todo seu intento criminoso foi monitorado. O vigilante do mercado, no entanto, aguardou até que o rapaz fosse para o estacionamento, já com os bens furtados, para abordá-lo. Entre os produtos subtraídos estavam desde itens de higiene pessoal, aos mais diversos mantimentos, como carnes, macarrão, chocolates e biscoitos. O montante de mercadorias furtadas possuía valor aproximado de R$ 700.

Em seu interrogatório policial, o jovem confirmou a prática do delito, mas negou que o tenha cometido mais de uma vez. Embora se tenha levantado a suspeita de que um carro aguardava-o na saída do mercado, ele negou a existência de mais pessoas envolvidas no crime.

Com a não realização das audiências de custódia presenciais, o auto de prisão em flagrante foi recebido no foro de Campo Grande e encaminhado virtualmente à Defensoria Pública e ao Ministério Público para manifestações. Após a devolução dos autos, o juiz decidiu pela manutenção da prisão, com a conversão do flagrante em prisão preventiva.

Em sua decisão, o magistrado ressaltou o aumento significativo no número de furtos a estabelecimentos comerciais nas últimas semanas, o que, aliado à impossibilidade de exercer a atividade, aumenta a insegurança dos comerciantes em honrar seus compromissos, como o pagamento de empregados, aluguéis e de impostos.

“Esta situação exige respostas firmes e imediatas dos Poderes constituídos e das instituições do Estado, para a contenção de crimes e de suas deletérias consequências econômicas e sociais, que se agravam neste momento delicado de isolamento e suspensão das atividades normais da sociedade, sendo, destarte, como já assentado, necessária a prisão preventiva do custodiado, para a garantia a ordem pública”, concluiu.

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