Mato Grosso do Sul já colheu quase 3 milhões hectares da safra de soja

Aprosoja-MS informa que revisões da produtividade estadual só serão realizadas quando o projeto atingir um nível significativo de amostragem da área de soja no Estado

  • André Bento
Produtividade média da oleaginosa segue estimada em 54 sacas por hectare (Foto: Álvaro Rezende)
Produtividade média da oleaginosa segue estimada em 54 sacas por hectare (Foto: Álvaro Rezende)

Levantamento do Siga-MS (Sistema de Informação Geográfica do Agronegócio de Mato Grosso do Sul) aponta que aproximadamente 2,921 milhões de hectares da safra de soja 2023/2024 foram colhidos até o dia 8 de março.

Com o avanço das máquinas por 68,5% da área cultivada nesse ciclo produtivo, de 4,265 milhões de hectares, a produtividade média da oleaginosa em âmbito estadual segue estimada em 54 sacas por hectare, gerando a expectativa de produção de 13,818 milhões de toneladas.

Contidos no boletim Casa Rural divulgado nesta terça-feira (12) conjuntamente por Famasul (Federação da Agricultura e Pecuária) e Aprosoja-MS (Associação dos Produtores de Soja e Milho), os dados apontam a região sul com a colheita mais avançada, média de 73,7%, enquanto a região norte tem 60,1% e a região centro 59,5%.

Neste ciclo, a Aprosoja-MS iniciou levantamento da produtividade com base em informações fornecidas por lideranças regionais, produtores, sindicatos e representantes de instituições privadas, com o objetivo de fornecer informações preliminares sobre a produtividade municipal em cada região acompanhada no Estado.

Em Dourados, a menor produtividade média apurada foi de 15 sacas por hectare e a maior de 60 sacas por hectare. No entanto, a entidade ressalta que essa metodologia não substitui a utilizada pelo projeto, mas será utilizada como um novo indicativo.

“As informações preliminares municipais não interferem no levantamento de produtividade realizado pela equipe de campo. As revisões da produtividade estadual só serão realizadas quando o projeto atingir um nível significativo de amostragem da área de soja no estado de Mato Grosso do Sul”, pontua o Siga-MS.

Ao mencionar terem sido identificados quatro níveis distintos de lavouras em território sul-mato-grossense, detalha que as primeiras são as que provavelmente perderam entre 40% e 60% da área cultivada devido à estiagem. Em seguida, áreas bem estruturadas que, apesar das chuvas isoladas, apresentam uma produtividade menor devido à quantidade reduzida de vagens totalmente granadas e algumas vagens sem granação. “A terceira categoria engloba é de áreas que, apesar do plantio tardio, foram favorecidas por chuvas até o final do ciclo de cultivo, resultando em uma produtividade de alto potencial. Por último, é composto por áreas que passaram por um replantio tardio, colocando sua produção em alto risco devido ao descompasso com o ciclo ideal de cultivo”.

Também é citado levantamento realizado pela Granos Corretora, segundo o qual até 11 de março de 2024 o agronegócio de Mato Grosso do Sul já havia comercializado 36,15% da safra 2023/24, avanço de 2,90 pontos percentuais quando comparado a igual período de 2023 para a safra 2022/23.

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