Estado revisa estimativas e deve produzir 762 mil toneladas de milho a menos

Produtividade média das lavouras sul-mato-grossenses deve cair 6,3 sacas por hectare após adversidades climáticas na fase de desenvolvimento fenológico e granação

  • André Bento
Lavouras de milho foram afetadas pela falta de chuvas e depois queda de granizo (Foto: André Bento/Arquivo)
Lavouras de milho foram afetadas pela falta de chuvas e depois queda de granizo (Foto: André Bento/Arquivo)

O Siga-MS (Sistema de Informação Geográfica do Agronegócio) revisou as estimativas do milho segunda safra 2020/21 e agora aponta uma produção 762 mil toneladas inferior à inicialmente estimada em Mato Grosso do Sul. Isso mesmo com o avanço da área plantada de 1,895 milhão para 2,003 milhões de hectares em relação ao ciclo anterior.

Afetada por adversidades climáticas como falta de chuvas e queda de granizo justamente na fase de desenvolvimento fenológico e granação, a produtividade média das lavouras sul-mato-grossenses deve cair 6,3 sacas por hectare.

Esse cenário consta no mais recente boletim Casa Rural elaborado pelo Siga-MS, publicado nesta terça-feira (22) pela Famasul (Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso do Sul).

O documento indica que a produtividade média está estimada em 68,7 sacas por hectare, gerando uma produção de 8,251 milhões de toneladas. Anteriormente, a estimativa indicava 75 sacas por hectare e 9,013 milhões de toneladas.

De acordo com o Siga-MS, “a produtividade de Mato Grosso do Sul passou por revisão diante dos acontecimentos climáticos no desenvolvimento fenológico e granação, afetando grande parte da produção estadual do milho 2ª Safra”.

Os técnicos apuraram que em algumas lavouras sul-mato-grossenses houve perda total da produção devido à estiagem e à queda de granizo. “Alguns produtores já planejam gradear a cultura do que colher, haja vista que o custo com a operação das máquinas sem perspectiva de produção inviabilizam a continuidade do cultivo”, pontua o boletim Casa Rural.

Foi verificado que as regiões oeste, centro, sul e sudeste possuem as piores condições das lavouras. Juntas, elas representam mais da metade da área plantada do Estado.

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