Pela primeira vez depoimento especial tem intérprete em Libras

  • Assessoria/TJ-MS
Foto: Divulgação/TJ-MS
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Na tarde de terça-feira (17), um adolescente surdo de 17 anos foi ouvido em depoimento duplamente especial no Fórum de Campo Grande pela juíza Helena Alice Machado Coelho, da 1ª Vara da Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher. A magistrada ouviu o adolescente com a técnica do depoimento especial e também de um intérprete de Libras.

O adolescente, vítima e testemunha de uma ação penal que tramita na vara, permaneceu em sala reservada na presença da facilitadora em depoimento especial do TJ, Celia Ruriko I. Wolfring, que teve auxílio do servidor Gustavo Almeida Pereira como intérprete da linguagem de sinais. Toda a entrevista foi transmitida por videoconferência para a sala de audiências, de onde as perguntas são enviadas via ponto eletrônico de comunicação.

Essa foi a primeira vez que um depoimento especial no Poder Judiciário de MS utilizou o apoio de um intérprete em Libras. Dessa experiência, relata a facilitadora Célia, fica a reflexão para garantir novas soluções de acessibilidade ao jurisdicionado. “Isso porque, se não fosse a participação do servidor Gustavo, deficiente auditivo e fluente em Libras, o depoimento especial do jovem não ocorreria".

Célia conta ainda que, quando o adolescente chegou na Central de Depoimento Especial do Fórum, ele nem sabia ao certo o que estava fazendo ali. Foi graças à tradução do intérprete que o jovem teve ciência de que seria ouvido em uma ação judicial. Questionado ao término de seu depoimento, o adolescente deixou o espaço sem constrangimentos e também se mostrou à vontade para prestar seu relato.

Além disso, o momento propiciou que o servidor Gustavo, analista judiciário que trabalha no cartório da 2ª Vara do Tribunal do Júri, servisse como um exemplo ao jovem de que, mesmo com sua deficiência, é possível ter êxito profissional como qualquer outro cidadão.

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