Sete pessoas estão internadas com suspeita de gripe suína, três no CTI

Dos sete que estão na Santa Casa, na capital, três estão na CTI

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o mês de junho, sete pessoas permanecem internadas na Santa Casa de Campo Grande suspeitas de terem contraído o vírus da gripe suína ou H1N1. A informação é chefe do CCIH (Comissão de Controle de Infecção Hospitalar), a médica infectologista Priscila Alexandrina.

Desde o início do ano a médica informa que 29 casos passaram pelo hospital e todos foram tratados como suspeitos, mas apenas um foi confirmado. Priscila confirmou ainda o surgimento de um novo vírus, mas não acredita que haverá surto com a chegada do inverno.

“Até agora só tivemos o caso do senhor de 42 anos que faleceu no último dia 3. O laudo constatou a morte pelo vírus H1N1. Mas todos os casos graves de infecção são tratados como suspeita de H1N1 por medidas de segurança indicadas pelo próprio Ministério da Saúde”, explicou a infectologista.

Conforme a médica, em janeiro foram dois casos suspeitos, em fevereiro outros dois, em março houve um, em abril subiu para 12, em maio reduziu a cinco e em junho sete pessoas foram registradas suspeitas de terem contraído o vírus.

Dos sete que estão na Santa Casa, Priscila informa que três estão na CTI e o restante no setor comum. “Por medida de segurança os pacientes ficam distantes 1 metro um do ouro e todo profissional de saúde que tem contato direto com eles usa uma máscara especial chamada N95. Ela é de uso individual, podendo durar ate um mês e o hospital oferece aos funcionários”, disse.

A médica explicou que apesar da Santa Casa tratar ao pacientes de gripe, a referência nessa área de infectologia é o HU/UFMS.

Morte

Sobre o caso de morte confirmado, ela explica que o senhor teve um quadro atípico da gripe, muito agressivo. A infectologista conta que após ter tido 15 dias consecutivos de febre, ele procurou o posto de saúde e foi encaminhado para a Santa Casa. Nas ultimas 24h antes de morrer teve falta de ar e um quadro muito agudo que gerou diferentes diagnósticos, antes da constatação da H1N1.

Outros dois casos foram registrados pela Saúde. O da estudante de arquitetura Janaína Sonsim, 20 anos, que morreu no último dia 25, mas que não poderá ser confirmado como morte por H1N1 porque a família não permitiu a necropsia. O laudo necropsial da morte do pedreiro, Cezar Melo Chaves, 32, que morreu no dia 29, em Campo Grande e ainda não foi concluído.

Conforme o boletim da Influenza elaborado pela Secretaria Estadual de Saúde, até o dia 10 de junho foram 129 notificações em Mato Grosso do Sul, sendo 73 em Campo Grande, com 4 casos confirmados de H1N1 na Capital e um em Três Lagoas. Também há registro de dois casos em Campo Grande para H3N3, que é uma variação mais branda da doença.

Novo vírus

Com a chegada do inverno, a médica explica que existe a possibilidade real de expansão do vírus H1N1. Além disso, Priscila confirmou o surgimento de outro vírus, o chamado H7N9. Esse novo vírus possui duas enzimas as quais sofrem mutações e para o qual a população não possui imunidade.

“Devemos ficar alertas porque a população não está imunizada ainda contra esse novo vírus. Mas mesmo assim, não acredito na possibilidade do vírus se expandir. Teoricamente não teremos surto, como tivermos quando surgiu o H1N1”, avaliou.