Água e alimentos contaminados podem causar verminoses

O ideal é lavar sempre as mãos, brinquedos ou qualquer outro objeto que os pequenos possam levar à boca

  • Agência Saúde

Lombriga, solitária, amarelão, esquistossomose. Comuns na infância, as verminoses ocorrem nas áreas urbanas por meio de ingestão de alimentos e água contaminados, frutas e verduras mal lavadas, carnes cruas ou mal cozidas, mãos e objetos sujos e falta de saneamento básico.

De acordo com o médico de família e comunidade da Unidade de Saúde Jardim Itu, em Porto Alegre (RS), Pablo Sturmer, mais da metade da população tem algum tipo de verminose.

Crianças tornam-se mais propensas a adquiri-las porque brincam na terra e botam tudo que veem pela frente na boca.

Por isso, o ideal é lavar sempre as mãos, brinquedos ou qualquer outro objeto que os pequenos possam levar à boca, além de cortar as unhas e cuidar bem da higiene dos animais domésticos.

Já os adultos, como costumam almoçar na rua, mesmo sem saber a procedência dos alimentos que consomem, acabam também se tornando predispostos. “Especialmente nas áreas urbanas, a contaminação é feita via alimentos, que não foram corretamente higienizados ou preparados.

Lavar bem frutas e legumes, cozinhar bem os alimentos e não beber água de lugares de origem duvidosa são medidas preventivas, assim como ter esgoto canalizado e dar destino correto do lixo”, orienta o médico.

Além de regras básicas, como lavar muito bem as mãos depois de ir ao banheiro e antes de sentar-se à mesa e evitar o contato da boca com objetos que não foram previamente higienizados.

Ele cita alguns sintomas de verminose como indisposição, náuseas, diarreias, queimação no estômago e anemia, esta última causada pela pouca absorção de nutrientes, já que os parasitas competem com o hospedeiro por eles.

Mas o médico explica que algumas pessoas que entram em contato com a parasitose não apresentam sintoma e que, independente do caso, não é recomendado se automedicar anualmente, como muitos acreditam. “É importante o profissional avaliar a necessidade individual de tratamento”, conclui.