Avanço da febre chikungunya será debatido na quinta
Deputados querem discutir também o que está sendo feito no País para conter o vírus ebola.
O avanço da febre chikungunya no País será discutido em uma audiência pública da Comissão de Seguridade Social e Família na quinta-feira (13), às 9h30, com representantes do governo e especialistas.
O requerimento para discutir o assunto é assinado pelo presidente da comissão, deputado Amauri Teixeira (PT-BA), e pelos deputados Mandetta (DEM-MS), Eleuses Paiva (PSD-SP), Geraldo Resende (PMDB-MS) e Rosane Ferreira (PV-PR).
A doença já registrou 824 casos em todo o Brasil até o fim de outubro. “É uma febre desconhecida da população. Então, é importante discutir, dar atenção a essa enfermidade, que pode alterar significativamente o quadro epidemiológico no Brasil”, disse Amauri Teixeira.
O parlamentar citou especialmente a situação no seu estado, até agora o mais atingido pela febre chikungunya.
Segundo o Ministério da Saúde, dos 824 casos conhecidos no País, 371 ocorreram em Feira de Santana, município distante 108 quilômetros de Salvador. “Na Bahia nós temos um quadro preocupante. Não vivemos em uma redoma”, disse Teixeira.
Sintomas
A febre chikungunya é uma doença viral transmitida pelos mosquitos Aedes aegypti – o mesmo da dengue - e o Aedes albopictus, espécies encontradas no Brasil. Os sintomas são parecidos com os da dengue e incluem febre acima de 39 graus, de início repentino, e dores intensas nas articulações de pés e mãos.
O paciente também pode sentir dor de cabeça, dores nos músculos e manchas vermelhas na pele. A doença manifesta-se entre dois e 12 dias após a picada do mosquito (período de incubação). Assim como a dengue, ainda não existe um tratamento específico para a chikungunya.
Os primeiros casos foram confirmados no mês de julho. Foram 37 casos “importados”, de pacientes originários, principalmente, do Haiti e da República Dominicana, ambos na América Central, onde a doença é endêmica. Em setembro foram confirmados os primeiros casos “autóctones” (transmissão dentro do território nacional), no Amapá.
Prevenção ao ebola
Além da febre chikungunya, o requerimento dos cinco deputados também pede a discussão das medidas de prevenção ao ebola no País. Os deputados querem saber do governo federal o que vem sendo feito para evitar que a doença viral, que já matou mais de cinco mil pessoas no mundo, chegue ao Brasil.
A audiência pública será realizada no plenário 7 e deverá contar com a presença de representantes da Superintendência de Vigilância de Portos, Aeroportos e Fronteiras da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa); da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), do Instituto de Infectologia e Hospital Emílio Ribas e da Organização Mundial da Saúde (OMS).